Uma disputa familiar envolvendo a guarda momentânea de uma criança de cinco anos mobilizou a Polícia Militar na noite de segunda-feira, no bairro Jardim Belo Horizonte, em Rondonópolis. A ocorrência terminou na 1ª Delegacia de Polícia depois que mãe e bisavó entraram em conflito sobre quem deveria ficar com o menino naquele momento.
A PM foi chamada pela mãe, que afirmou ter sido impedida de pegar o filho após a bisavó buscá-lo na escola e se recusar a devolvê-lo. Quando a equipe chegou ao endereço, encontrou o portão trancado e a idosa dialogando apenas por uma pequena abertura.
Segundo informações repassadas à polícia, a mãe contou que o menino alterna períodos entre sua casa e a residência dos bisavós. Ela teria ido ao local para buscá-lo porque viajaria na manhã seguinte. A bisavó, entretanto, não permitiu a retirada da criança, alegando que o menino moraria com ela desde os seis meses e que as visitas à mãe aconteceriam de maneira esporádica.
A idosa relatou ainda que, ao se preparar para entregar o garoto, ouviu dele que teria recebido uma chinelada na perna direita enquanto estava com a mãe. Conforme a versão apresentada à guarnição, o menino mostrou um hematoma avermelhado e disse ter medo de retornar para a casa materna. A bisavó afirmou ter procurado o Conselho Tutelar e a Polícia Civil para orientações, embora não tivesse formalizado denúncia até aquele momento.
Diante da recusa inicial, a PM insistiu no diálogo e aguardou a chegada de uma testemunha. Após a intervenção dessa terceira pessoa, a bisavó concordou em abrir o portão, permitindo que todos fossem encaminhados à delegacia para registro do caso e esclarecimentos.
O Conselho Tutelar informou posteriormente que já tinha conhecimento da situação e avaliou não ser necessária a presença imediata de conselheiros no deslocamento, uma vez que a criança estava acompanhada pela mãe e pela bisavó.
Desdobramentos e apuração do caso
De acordo com a Polícia Civil, a situação segue em análise para definição das medidas cabíveis. A apuração deverá considerar os relatos apresentados por ambas as partes e a avaliação do Conselho Tutelar, responsável por acompanhar possíveis riscos à integridade da criança em situações familiares semelhantes.
As informações são da Polícia Militar e da Polícia Civil.





















