Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Federal em Cuiabá nesta quarta-feira (3/12), após agentes encontrarem material de abuso sexual infantojuvenil armazenado em seus dispositivos. A detenção ocorreu durante o cumprimento de um mandado de busca na residência do investigado.
De acordo com informações da corporação, a equipe localizou vídeos e imagens com conteúdo ilegal salvos em aplicativos de redes sociais. A perícia feita no próprio endereço confirmou o teor do material e levou à imediata voz de prisão.
O suspeito foi levado para a sede da PF na capital de Mato Grosso, onde prestou depoimento. Ele responderá pelo crime de armazenamento de cenas de abuso sexual infantojuvenil, previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. A legislação prevê pena de até quatro anos de prisão, além de multa.
A ação integra a segunda fase da Operação Arquivo Proibido, que tem como alvo usuários que mantêm conteúdo ilegal, mesmo sem compartilhamento. Segundo a Polícia Federal, o comportamento é tipificado como crime e é tratado com rigor dentro das investigações de crimes digitais.
Os investigadores utilizaram mecanismos de inteligência cibernética e recursos de rastreamento digital para identificar o suspeito. As equipes monitoraram plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens criptografadas, ampliando a capacidade de localizar arquivos suspeitos que circulam de forma velada na internet.
Atuação digital e cooperação internacional
A PF destacou que a operação conta com apoio de organismos internacionais, como Interpol e Europol. Essa integração colabora para rastrear fluxos de conteúdo ilícito que ultrapassam fronteiras e exige resposta coordenada entre diferentes países. Essa colaboração reforça o combate à exploração infantil no ambiente virtual, área considerada sensível e de rápida mutação tecnológica.
Segundo a corporação, o avanço das ferramentas de monitoramento permite identificar perfis que armazenam arquivos proibidos, mesmo quando não há compartilhamento ativo. Esse tipo de conduta, ressaltam os investigadores, contribui para a manutenção de redes clandestinas de exploração que atuam no meio digital.
Orientações e canais de denúncia
A Polícia Federal reforça a importância de que a população denuncie sinais de abuso ou exploração sexual infantojuvenil. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100, pelo site da SaferNet Brasil ou diretamente nas Delegacias de Polícia Civil e unidades especializadas em crimes cibernéticos. Especialistas alertam que pais e responsáveis mantenham diálogo constante com crianças e adolescentes sobre segurança digital e acompanhem o uso de dispositivos conectados.
A corporação afirmou que o inquérito seguirá com análise detalhada do material apreendido, o que deve orientar novos desdobramentos da investigação. A Operação Arquivo Proibido permanece em andamento com foco no rastreamento de usuários que armazenam conteúdo ilegal e na prevenção de novos casos. Fonte: Polícia Federal.






















