Os preços dos feijões carioca e preto registraram novas quedas ao longo de novembro, acompanhando o ritmo mais lento da demanda interna. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o movimento de baixa foi sustentado principalmente pelo interesse reduzido dos compradores, que se limitaram à reposição dos estoques, sem avançar em negociações de maior volume.
No caso do feijão carioca, a pressão ficou ainda mais evidente devido ao aumento da oferta no Sudoeste Paulista. A entrada de lotes com boa classificação reforçou o cenário de desvalorização, afetando inclusive o produto de melhor qualidade, que historicamente costuma manter maior estabilidade no mercado.
Já para o feijão preto, as quedas foram mais acentuadas, influenciadas pela proximidade da nova safra e pela liquidação dos estoques remanescentes. A expectativa de maior disponibilidade nas próximas semanas acabou reduzindo o apetite dos compradores e ampliando a resistência em pagar preços superiores.
No campo, o avanço da semeadura da primeira safra 2025/26 também ajuda a moldar o comportamento dos preços. Até 22 de novembro, o plantio nacional atingia 50,8% da área estimada, ritmo considerado dentro da normalidade para o período, ainda que condicionado às irregularidades climáticas observadas em diversas regiões produtoras.



















