O Sistema Único de Saúde ampliará em 30% o aproveitamento do plasma sanguíneo, após o anúncio feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita ao Hemorio, no Rio de Janeiro. A iniciativa é viabilizada pela aquisição de 604 equipamentos de alta tecnologia, que já começaram a ser entregues e serão instalados até o primeiro trimestre do próximo ano.
A medida deve gerar economia anual de cerca de R$ 260 milhões, ao reduzir a dependência de importações de medicamentos derivados do plasma. Segundo Padilha, a falta de produção nacional gerava insegurança para pacientes que dependem desses hemoderivados.
O plasma se transforma em medicamentos essenciais usados em tratamentos de hemofilia, doenças imunológicas e em cirurgias de grande porte. O investimento, de R$ 116 milhões por meio do Novo PAC Saúde, beneficiará 125 serviços de hemoterapia distribuídos em 22 estados.
Entre os equipamentos adquiridos estão blast-freezers de congelamento ultrarrápido, ultrafreezers e freezers tradicionais, tecnologias até então inéditas na rede pública. Com essa estrutura, a Hemobrás, inaugurada este ano, poderá operar em plena capacidade, processando até 500 mil litros de plasma anualmente.
Nos últimos três anos, a oferta de plasma nas unidades públicas cresceu 288%, passando de 62,3 mil litros para 242,1 mil litros. No anúncio, o ministro destacou que a Hemobrás já é a maior fábrica de hemoderivados da América Latina.
A ampliação ocorre durante a semana nacional do doador de sangue. Em 2024, o país coletou mais de 3,3 milhões de bolsas, o equivalente a 1,6% da população. Apenas 13% do plasma coletado é usado em transfusões, o que indica que 87% pode ser direcionado à produção de hemoderivados.


















