Em alta desde junho de 2025, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá segue em crescimento, registrando em novembro elevação de 1,21% e atingindo 108,4 pontos. O levantamento, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), reflete uma melhora na confiança para o consumo e — por consequência — um respiro para comerciantes da capital e da região neste fim de ano.
No entanto, o índice atual ainda está 8,37% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando atingiu 118,3 pontos. Segundo o instituto da Fecomércio-MT, um ponto de atenção é a queda, tanto anual quanto mensal, dos indicadores de emprego e de perspectiva profissional.
O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, ressaltou que “as datas comemorativas de fim de ano se mostram promissoras para o incremento do consumo das famílias. Um exemplo é a expectativa de consumo para datas como a Black Friday, em que é esperada uma movimentação de mais de R$ 1,2 bilhão na economia do estado, beneficiando diversos segmentos do comércio e dos serviços”.
Entre os componentes da pesquisa da CNC, apresentaram alta mensal: Compra a Prazo (+3,9%), Perspectiva de Consumo (+3,4%) e Nível de Consumo Atual (+2,1%). Já os itens que registraram queda foram Emprego Atual (-0,6%) e Perspectiva Profissional (-0,1%).
Em relação à situação atual do emprego, 49,5% dos participantes acreditam estar mais seguros no trabalho em comparação ao mesmo período de 2024. Da mesma forma, quando questionados sobre a perspectiva profissional, 57,3% esperam alguma melhora nos próximos seis meses. Quanto à renda atual, 51,1% avaliam estar com uma renda familiar melhor do que no ano passado.
Sobre as condições de crédito, 37,3% acreditam estar mais difícil obter empréstimos, enquanto 36% consideram o contrário, avaliando que está mais fácil conseguir crédito.
Em relação à perspectiva de consumo, 43,7% dos respondentes acreditam que os próximos meses serão melhores que o mesmo período do ano anterior, enquanto 40,2% consideram que será menor. Quanto ao momento para aquisição de bens duráveis, a maioria (44,2%) avalia ser um mau momento.
No cenário nacional, o ICF também registrou aumento: passou de 101,2 pontos em outubro para 102,4 em novembro. Com o novo avanço, a pontuação se aproxima dos 103,2 registrados em novembro de 2024, com diferença de 0,78% no comparativo anual. Sobre o índice brasileiro, Wenceslau Júnior afirmou que “o aumento repentino no ICF nacional indica uma retomada gradual da confiança das famílias, possivelmente impulsionada pelos eventos sazonais, tradicionalmente responsáveis por estimular o consumo e melhorar a percepção econômica no curto prazo”.























