A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS), em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), promoveu nesta sexta-feira (28) uma ação em frente aos Arcos da Lapa, no centro da cidade, para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito.
Instituída em 1995 pela ONU, a data visa oferecer apoio às vítimas de acidentes e conscientizar a população sobre segurança viária, homenageando mortos, familiares e profissionais de emergência.
O tema deste ano, “Talentos perdidos”, chama atenção para a principal causa de morte entre crianças e jovens: acidentes de trânsito, que representam perdas significativas para a sociedade.
Até outubro, 640 pessoas morreram em acidentes nas vias da capital fluminense, com maior incidência na zona norte (234 casos) e na zona oeste (182), segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). A quantidade de mortes já é a sexta maior desde 2008, comparando-se com 723 óbitos registrados no ano passado.
“Dessas 640 mortes, 68% envolveram motociclistas, a maioria dos casos fatais. Este ano, 47 mil pessoas foram atendidas em unidades de saúde devido a acidentes de trânsito”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Entre as principais causas estão excesso de velocidade, desrespeito a sinais e uso do telefone ao volante.
“O carioca precisa ter consciência no trânsito, pois atitudes imprudentes podem tirar vidas ou gerar sequelas permanentes.”
Segundo Soranz, o impacto dos acidentes na rede municipal é significativo, envolvendo 6 mil profissionais dedicados ao atendimento, com salas de politrauma frequentemente lotadas.
“Quarenta por cento das cirurgias ortopédicas na cidade são para vítimas de acidentes de moto, com custos de cerca de R$ 130 milhões anuais”, destacou.
O diretor técnico da CET-Rio, André Drummond Soares de Moura, ressaltou acordos com empresas de aplicativo como Uber, 99 e Ifood, para monitorar condutores que realizam manobras perigosas, compartilhando dados para punições e capacitação de segurança no trânsito.
“O monitoramento das plataformas é mais eficiente que câmeras públicas e busca tanto punição quanto educação no trânsito.”
Dados do Atlas da Violência 2025 mostram que a taxa de mortes em acidentes voltou a crescer, chegando a 16,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2023, com destaque para motociclistas, cuja taxa subiu 12,5% em relação a 2022.























