Empresário do agronegócio envolvido em um esquema de furto de energia foi preso na noite de quarta-feira (26.11) em São Paulo, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso. O alvo principal da Operação Ignis Justiça foi localizado em um hotel de luxo, durante a participação em um torneio de Poker.
Operação e cumprimento de mandados
A Operação Ignis Justiça foi deflagrada pela Delegacia de Lucas do Rio Verde com o objetivo de investigar crimes de furto de energia, corrupção, estelionato (adulteração de medidores), fraude processual e corrupção, envolvendo três empresas do investigado. Foram expedidos 11 mandados judiciais: oito de busca e apreensão e três de prisão preventiva, incluindo a do empresário, que até então estava foragido.
Segundo nota oficial da Polícia Civil, a prisão foi resultado de um trabalho integrado entre a Delegacia de Lucas do Rio Verde, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos de São Paulo (Garra-SP), que monitoraram os deslocamentos do investigado e localizaram sua participação em evento de Poker.
Como funcionava o esquema de furto de energia
As investigações apontaram que o grupo criminoso desenvolveu um sistema altamente sofisticado para adulterar o consumo de energia elétrica de empresas com grande movimentação financeira. Entre os envolvidos estavam:
- Um engenheiro eletricista, responsável pela parte técnica das alterações;
- Um ex-funcionário terceirizado da concessionária de energia, que usava acesso privilegiado para facilitar as fraudes;
- O empresário, proprietário das empresas onde os furtos eram cometidos.
O crime foi caracterizado como continuidade delitiva, ou seja, ocorreu de forma prolongada, desviando faturamento que deveria ser destinado à concessionária e à população.
Contexto e repercussão
Casos de furto de energia em Mato Grosso e em outros estados costumam envolver organizações complexas, com participação de técnicos e ex-funcionários de concessionárias. A prática representa prejuízos bilionários ao setor elétrico e afeta diretamente o valor das tarifas cobradas de consumidores.
Transparência: A investigação segue em andamento e as empresas envolvidas estão sendo analisadas para identificar outros responsáveis.
Reportagem baseada em Polícia Civil de Mato Grosso e documentos oficiais.
Box informativo
- Data da prisão: 26 de novembro de 2025
- Local: Hotel de luxo, São Paulo (SP)
- Operação: Ignis Justiça
- Crimes investigados: Furto de energia, corrupção, estelionato, fraude processual
- Mandados expedidos: 11 (3 de prisão, 8 de busca e apreensão)
Para mais informações sobre prevenção de fraudes em energia elétrica, consulte os materiais do órgão regulador local.



















