A derrota do América por 2 a 0 para o Monterrey, na noite desta quarta-feira, pelas quartas de final do Torneio Apertura 2025, desencadeou uma forte reação de André Jardine. Visivelmente irritado, o treinador classificou a arbitragem de Jesús Rafael López como “uma vergonha” e afirmou que decisões equivocadas influenciaram diretamente o andamento da partida no Estádio BBVA.
Jardine dispara contra a arbitragem após o 2 a 0
Durante a coletiva, o técnico afirmou ter revisto alguns lances logo após o apito final e reforçou sua indignação. Um dos momentos mais contestados por ele foi uma entrada de Jesús Corona sobre Álvaro Fidalgo, que, segundo o treinador, merecia punição mais rigorosa. Para Jardine, o duelo foi mais equilibrado do que o placar sugere.
“Acabei de revisar as jogadas e estou bastante incomodado. Quero manter o foco no jogo da volta, mas não posso deixar de dizer que, na minha visão, o trabalho da arbitragem hoje foi uma vergonha”, declarou.
O América sofreu o primeiro gol em um chute de longa distância de Sergio Canales, e viu o Monterrey ampliar com eficiência na segunda etapa. Mesmo assim, Jardine acredita que um placar mais justo seria um empate ou uma derrota mínima, como 1 a 0, pela forma como a equipe criou oportunidades.
Além das críticas ao árbitro, Jardine explicou a ausência de Allan Saint-Maximin, que não viajou com o time devido a um quadro de influenza. O jogador apresentou dores musculares e ficou fora dos treinamentos nos dias anteriores, levando o clube a preservá-lo.
O técnico, porém, mantém otimismo quanto à recuperação de peças importantes para o confronto decisivo. Ele destacou que espera ver a equipe com “fome” e competitividade até o último minuto.
Apesar das queixas, Jardine reconheceu o mérito do Monterrey, que foi mais eficiente nas chances criadas. Segundo ele, o confronto tende a ser definido em detalhes, e o América terá de apresentar uma postura mais agressiva em casa para buscar a virada.
“Acredito que serão dois jogos muito parecidos. Aqui, o equilíbrio foi evidente. Produzimos oportunidades suficientes para marcar pelo menos um gol, mas a contundência deles acabou determinando o resultado”, analisou.
O resultado pressiona o América a buscar uma atuação impecável no duelo de volta, algo que historicamente faz parte da identidade competitiva do clube. Para mais notícias do futebol, acesse a editoria de Esportes.
Do lado do Monterrey, Domenec Torrent adotou um discurso cauteloso, mesmo com a vantagem construída. O treinador destacou a importância de manter a defesa sólida e ressaltou que o placar não garante nada, especialmente diante de um adversário com tradição em competições decisivas.
“É uma vantagem importante, mas não podemos nos iludir. A eliminatória está aberta e o América sempre reage. O foco agora é manter a concentração e não permitir erros no jogo de volta”, afirmou.
Com a série ainda em disputa, o Monterrey sabe que encontrará forte pressão no segundo confronto, enquanto o América trabalha para recuperar atletas, reorganizar sua estratégia e manter viva a expectativa de classificação.
A derrota por 2 a 0 aumenta a tensão nos bastidores do América, que terá pouco tempo para ajustar sua postura e corrigir falhas antes da partida decisiva. Jardine aposta no poder de reação da equipe e na força do elenco completo, caso consiga recuperar Saint-Maximin e outros titulares. A arbitragem, por sua vez, deve seguir como tema quente até o apito inicial do jogo da volta.
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