Como ampliar a proteção às vítimas e fortalecer ações preventivas? Essa é a proposta dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Meninas e Mulheres, iniciativa internacional que segue até 10 de dezembro e mobiliza diversos setores em Mato Grosso.
Atuação integrada no Legislativo
A Assembleia Legislativa participa do movimento por meio da Procuradoria Especial da Mulher, que desenvolve ações de conscientização, acolhimento e orientação. Entre as atividades, está previsto um treinamento de defesa pessoal realizado pelo BOPE em parceria com a Procuradoria, destinado a mulheres atendidas por uma ONG local.
A campanha destaca a união institucional como ferramenta essencial para ampliar o debate e fortalecer políticas de enfrentamento à violencia de gênero, além de incentivar a troca de experiências entre órgãos públicos e entidades.
Atendimento contínuo e especializado
A Procuradoria mantém portas abertas para receber mulheres em qualquer fase do ciclo de violência — física, psicológica, moral ou patrimonial. A equipe multidisciplinar oferece escuta qualificada, orientação jurídica, avaliação individual e encaminhamentos para redes de proteção, como Defensoria Pública, Ministério Público e Tribunal de Justiça.
O atendimento também esclarece dúvidas sobre os tipos de agressões e identifica vulnerabilidades, especialmente em situações de violência patrimonial ou psicológica, ainda pouco reconhecidas pela população.
Números que revelam a demanda
- 116 casos registrados entre janeiro e outubro;
- 315 atendimentos realizados;
- 42 acompanhamentos psicossociais;
- 97% das demandas relacionadas à violência doméstica.
O perfil predominante inclui mulheres de classe média, muitas delas servidoras ou familiares de servidores, evidenciando que a violencia de gênero atravessa diferentes grupos sociais.
Estrutura ampliada e casos complexos
A criação do Espaço Raquel Catani, no início do ano, reforçou o atendimento ao oferecer ambiente acolhedor e estrutura adequada, permitindo ações integradas. Desde então, a procura aumentou e casos mais complexos, como violência política de gênero, passaram a ser acolhidos.
Dados estaduais mostram que mais de 70% das mulheres assassinadas em 2023 eram financeiramente independentes, evidenciando que fatores como raça, idade e autonomia econômica influenciam diretamente o risco de agressões.
Relatos que mostram a realidade
Entre os atendimentos recentes está o caso de uma trabalhadora terceirizada que atua no Legislativo. Após sofrer violência psicológica praticada pelo ex-companheiro, buscou apoio institucional. Ela recebeu atendimento contínuo, orientação sobre medidas legais e acompanhamento pela Patrulha Maria da Penha.
Segundo o relato, o acolhimento no espaço especializado e a explicação detalhada de cada etapa do processo foram fundamentais para enfrentar o trauma e compreender seus direitos.
Compromisso permanente
A Assembleia segue fortalecendo políticas de enfrentamento e ampliando ações educativas que impactam diretamente a prevenção, a segurança e a igualdade de gênero em todo o estado. A mobilização reafirma que o combate à violencia exige articulação constante, informação acessível e apoio institucional.
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