A Polícia Civil prendeu um homem de 28 anos em Rondonópolis na tarde de segunda-feira (24), cumprindo mandado de prisão preventiva pelo crime de organização criminosa. A captura ocorreu durante uma ação conjunta da DHPP, Juscimeira e GCCO, resultando na localização do investigado em uma chácara usada para abrigar membros de facção com ordens judiciais em aberto.
Segundo a DHPP, equipes receberam a informação de que o imóvel na região da Vila Paulista estaria servindo como ponto de apoio para integrantes da organização, entre eles o suspeito foragido da Operação “A César o que é de César”. O mandado havia sido expedido pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, e a localização do investigado permitiu o cumprimento imediato da ordem judicial.
De acordo com a investigação, o homem preso era um dos alvos da operação deflagrada em fevereiro deste ano pela GCCO e Draco. Ele é apontado como integrante de uma facção que atuava com extorsões e ameaças a comerciantes em Várzea Grande, uma prática que vinha sendo monitorada pelos setores especializados da Polícia Civil de Mato Grosso.
As informações reunidas ao longo do inquérito mostram que o investigado mantinha um padrão de vida incompatível com sua renda, utilizando veículos de alto valor para reforçar a aparência de poder dentro da facção. As equipes também identificaram o uso do apelido “Shelby”, adotado para dificultar sua identificação e intensificar a intimidação das vítimas durante as cobranças ilegais.
O grupo utilizava a chamada “taxa de funcionamento”, mecanismo criado para sustentar financeiramente a facção. A cobrança era direcionada principalmente a comerciantes, que eram pressionados a repassar uma porcentagem mensal sob ameaça de represálias. Conforme a apuração, o investigado era o responsável por realizar chamadas de vídeo, definir valores e orientar a forma de pagamento, sempre reforçando a suposta ligação com lideranças da organização que estão presas.
A atuação da quadrilha envolvia monitoramento constante da rotina das vítimas, presença física frequente nos estabelecimentos e contatos sucessivos para reforçar a exigência dos repasses. Essa abordagem buscava criar sensação permanente de vigilância e impossibilitar que os comerciantes interrompessem os pagamentos exigidos.
Desdobramentos da prisão
Após ser detido na chácara, o investigado foi conduzido à Delegacia para os procedimentos de registro. Ele permanece à disposição da Justiça, e as equipes que participaram da ação seguem levantando elementos que auxiliem na identificação de outros envolvidos na rede criminosa.
A prisão integra o conjunto de ações voltadas ao combate às práticas de extorsão e às estruturas internas da facção investigada. Conforme informações repassadas pela Polícia Civil, as diligências continuam para localizar demais foragidos associados ao grupo e aprofundar a análise sobre o esquema que vinha sendo executado na região.
As informações são da Polícia Civil.





















