Milhares de mulheres negras de todas as regiões do país se reuniram nesta terça-feira (25), em Brasília, para uma marcha dedicada à defesa de direitos e ao enfrentamento do racismo.
Mesmo sob chuva, o grupo percorreu a Esplanada dos Ministérios desde o início da tarde. Entre as participantes está a aposentada Lindalva Barbosa, de Salvador, que atua há quatro décadas em movimentos sociais e relembra que a luta das mulheres negras atravessa séculos em busca de liberdade, saúde, justiça e garantia de vida digna.
Lindalva reforçou que a marcha simboliza a força coletiva e destacou que a mobilização tem impacto direto sobre toda a sociedade, ecoando pensamentos da filósofa Angela Davis.
A educadora pernambucana Ana Benedita Costa afirmou que participar do ato fortalece redes de apoio e aprendizado entre mulheres negras. Segundo ela, a marcha também evidencia a contribuição histórica do povo negro na formação cultural do país.
Para Ednamar Almeida, ialoxairá de Foz do Iguaçu, a presença na mobilização ganha ainda mais peso diante dos episódios recorrentes de intolerância religiosa enfrentados por comunidades de matriz africana.
Moradora de Brasília, a mulher trans Hellen Gabrielle Gomes da Silva reforçou que movimentos como este ampliam a visibilidade de pautas essenciais e estimulam maior participação social na política.
Segunda Marcha das Mulheres Negras
A nova edição ocorre no mês da Consciência Negra e marca uma década da primeira grande mobilização, realizada em novembro de 2015, quando mais de 100 mil mulheres marcharam na capital contra o racismo, a violência doméstica, o feminicídio e a vulnerabilidade da juventude negra.






















