CGE e Indea avançam na certificação da madeira em Mato Grosso, conforme relatório oficial apresentado pela Controladoria Geral do Estado ao Instituto de Defesa Agropecuária. A Auditoria nº 0051/2025, entregue em 18 de novembro, avaliou a Identificação de Madeira ao longo de 2024 e apontou a necessidade de ampliar o alcance territorial do serviço, segundo a própria CGE.
Conforme apurado, o Posto de Identificação de Madeira (PIM) de Cuiabá — hoje a única unidade em operação — mantém conformidade legal, equipe experiente e capacidade técnica para atender toda a demanda registrada. O documento, disponível para consulta no Indea, destaca que a instituição cumpre papel essencial na rastreabilidade das espécies transportadas e na segurança regulatória da cadeia florestal.
A auditoria também identificou que a centralização do serviço limita a efetividade do modelo atual, sobretudo nas regiões produtoras do Norte, onde há maior fluxo de transporte. A orientação técnica recomenda a expansão de novos postos para reduzir riscos de deslocamentos longos, minimizar brechas para transporte irregular e fortalecer o combate ao desmatamento.
Cooperação institucional e modernização
Durante a apresentação dos achados, a CGE ressaltou que o caráter da auditoria é orientativo e visa aprimorar práticas públicas. Segundo nota oficial, o alinhamento entre CGE e Indea prevê revisão do modelo atual, integração de sistemas estaduais e fortalecimento de mecanismos de inspeção.
O secretário Controlador-geral, Paulo Farias, afirmou que o relatório reconhece a qualidade técnica do Indea e oferece elementos para modernizar processos. A presidente do Indea, Emanuele de Almeida, destacou que a certificação da madeira é estratégica para o combate ao desmatamento ilegal, recolhimento correto de tributos e proteção ao consumidor final.
Por que a certificação importa
A certificação da madeira é considerada uma das linhas de defesa mais relevantes contra impactos ambientais e econômicos. O processo permite:
- Garantir rastreabilidade das espécies transportadas;
- Evitar fraudes documentais e sonegação de impostos;
- Atender requisitos de mercados nacionais e internacionais;
- Fortalecer a segurança regulatória da cadeia florestal.
Segundo dados de monitoramento ambiental do Governo do Estado, áreas de grande produção florestal exigem postos descentralizados para garantir agilidade e integridade na certificação da madeira, além de reduzir riscos de transporte irregular em longas distâncias.
Reportagem baseada em nota e relatório oficiais da Controladoria Geral do Estado e do Instituto de Defesa Agropecuária.























