O sistema penitenciário de Mato Grosso vivencia um momento de luto e tensão após a perda de dois policiais penais em um intervalo de apenas 72 horas. Em resposta a essa sequência de crimes, o Sindicato dos Policiais Penais (Sindsppen) suspendeu as visitas na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, neste domingo (23), iniciando um protesto para exigir segurança e providências imediatas do governo estadual.
A onda de violência começou na noite de quinta-feira (20) com o homicídio do policial penal Fábio Antônio Gimenez Mongelo, lotado em Sinop, encontrado morto com um tiro na cabeça. O segundo ataque ocorreu na noite de sábado (22), quando José Arlindo da Cunha, de 55 anos, servidor da PCE há mais de 10 anos, foi executado com três tiros no rosto no bairro Jardim Itororó, em Várzea Grande, tendo sua arma furtada.
Diante da situação classificada como “brutal, revoltante e alarmante”, o Sindsppen declarou que a categoria não tinha condições emocionais nem técnicas para manter as atividades normais. O presidente do sindicato ressaltou que a suspensão das visitas é uma forma de protesto e uma cobrança por segurança: “Se existe zelo pela vida do preso, que também se zele pela vida do servidor”.
Há indícios preliminares apontados pelo dirigente de que os envolvidos no ataque em Várzea Grande possam ter ligação com facção criminosa, embora a motivação final ainda dependa da conclusão da investigação da Polícia Civil. O Sindsppen planeja se reunir ao longo da semana para definir novos atos de mobilização, que podem ser ampliados caso as autoridades não apresentem respostas imediatas.























