Programa Brasil Sem Fome: impacto nas cidades pequenas e nas famílias em extrema pobreza

Com a ampliação do Brasil Sem Fome, muitos municípios instalaram cozinhas comunitárias ou fortaleceram as já existentes

Fonte: CENÁRIOMT

Programa Brasil Sem Fome: impacto nas cidades pequenas e nas famílias em extrema pobreza- Foto: MDS

O Programa Brasil Sem Fome se tornou, em 2025, uma das principais ferramentas do governo federal para enfrentar a extrema pobreza e reduzir a insegurança alimentar no país.

O programa integra ações de transferência de renda, acesso à alimentação, inclusão produtiva e fortalecimento de políticas sociais — com efeitos especialmente visíveis nas cidades pequenas, onde a vulnerabilidade é maior e as oportunidades são mais escassas.

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O programa reúne iniciativas de diferentes ministérios, como:

  • distribuição de alimentos;
  • ampliação da merenda escolar;
  • apoio à agricultura familiar;
  • fortalecimento de cozinhas solidárias e bancos de alimentos;
  • atualização do CadÚnico;
  • combate a fraudes e inclusão de famílias invisíveis;
  • integração com Bolsa Família, Alimenta Brasil e políticas de saúde.

A meta é reduzir drasticamente o número de famílias que enfrentam fome, insegurança alimentar grave ou renda insuficiente para sobreviver.

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Por que o impacto do Programa Brasil Sem Fome é maior nas cidades pequenas?

Por que o impacto do Programa Brasil Sem Fome é maior nas cidades pequenas? Imagem: MDS

Cidades com até 50 mil habitantes enfrentam desafios específicos:
✔ Dependem mais dos programas sociais;
✔ Têm menos oferta de empregos formais;
✔ Possuem agricultura de subsistência;
✔ Têm menor presença de equipamentos públicos e assistência técnica.

Por isso, medidas como distribuição de alimentos, fortalecimento do CRAS, apoio à agricultura familiar e expansão da rede socioassistencial atingem diretamente esse público.

Principais mudanças do Programa Brasil Sem Fome percebidas em municípios pequenos

Principais mudanças do Programa Brasil Sem Fome percebidas em municípios pequenos- Imagem: MDS

1. Ampliação das cestas emergenciais e cozinhas solidárias

Com a ampliação do Brasil Sem Fome, muitos municípios instalaram cozinhas comunitárias ou fortaleceram as já existentes.

Impacto: acesso diário a refeições prontas para famílias em extrema pobreza, idosos, pessoas em situação de rua e crianças em vulnerabilidade.

2. Integração com a agricultura familiar local

Programas como Alimenta Brasil foram integrados ao Brasil Sem Fome.
Resultado: a prefeitura compra alimentos de agricultores familiares e distribui para equipamentos sociais.
Isso gera dois benefícios simultâneos:

  • renda para o pequeno produtor,
  • comida de qualidade para famílias pobres.

3. Melhoria da merenda escolar

Nas escolas municipais, os alimentos adquiridos da agricultura familiar complementam o cardápio.
Impacto: aumento da qualidade nutricional da alimentação de crianças e adolescentes.

4. Busca ativa no CadÚnico

Muitos municípios intensificaram as visitas domiciliares para localizar famílias que não estavam cadastradas.
Impacto: inclusão de famílias invisíveis em programas de transferência de renda e benefícios eventuais.

5. Redução de filas em programas sociais

Com o reforço do orçamento federal, foi possível atender mais famílias de forma contínua, especialmente em regiões rurais e periferias de cidades pequenas.

Como o Programa Brasil Sem Fome atinge as famílias em extrema pobreza

Para famílias com renda abaixo da linha da pobreza extrema, o Programa Brasil Sem Fome atua em três frentes:

1. Renda imediata

Via Bolsa Família e Benefício Primeira Infância, garantindo o mínimo necessário para sobrevivência.

2. Alimentação e nutrição

Com distribuição de cestas, restaurantes populares, bancos de alimentos e reforço da merenda escolar.

3. Inclusão produtiva

Com incentivo a:

  • agricultura familiar;
  • hortas comunitárias;
  • cooperativas locais;
  • microcrédito orientado;
  • capacitação profissional.

Essas ações permitem que famílias saiam gradualmente da dependência exclusiva de benefícios.

O impacto na economia local

Cada investimento em segurança alimentar gera um círculo positivo:

  • agricultores vendem mais;
  • mercados locais movimentam a economia;
  • merenda escolar melhora;
  • famílias compram mais nos comércios;
  • prefeituras fortalecem políticas sociais.

Segundo especialistas, cada R$ 1 investido em políticas de combate à fome pode retornar até R$ 3 na economia da cidade, especialmente nos municípios menores.

Desafios ainda enfrentados

Apesar dos avanços, algumas dificuldades permanecem:
⚠ falta de equipes suficientes no CRAS;
⚠ dificuldade de transporte em áreas rurais;
⚠ produtores sem documentação atualizada;
⚠ baixa conectividade, dificultando cadastros e atualizações;
⚠ dependência de recursos federais.

Esses gargalos variam conforme o tamanho e a estrutura do município.

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]