O Alimenta Brasil, programa que substituiu o antigo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), segue em 2025 como uma das principais políticas públicas de combate à fome e incentivo à agricultura familiar no país.
A iniciativa compra alimentos diretamente de pequenos produtores e doa para programas sociais, garantindo renda no campo e comida na mesa de famílias em situação de vulnerabilidade.
Como funciona o Alimenta Brasil

O programa conecta dois públicos:
✔ agricultores familiares, que produzem alimentos, mas têm dificuldade de escoar a produção;
✔ equipamentos sociais, como escolas, entidades assistenciais, CRAS, cozinhas solidárias, bancos de alimentos e restaurantes populares.
O governo compra os alimentos sem intermediários, o que significa preço justo para quem produz e abastecimento constante para quem precisa.
✔ Quem pode vender ao programa

Podem participar agricultores que possuam:
-
Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou Cadastro da Agricultura Familiar (CAF);
-
Produção própria;
-
Situação regularizada junto à prefeitura ou cooperativa local.
O programa dá prioridade a:
mulheres agricultoras
comunidades tradicionais
assentados da reforma agrária
pequenos produtores de regiões rurais vulneráveis
Como os alimentos chegam aos programas sociais
A jornada do alimento segue etapas simples:
- O agricultor se cadastra via prefeitura, cooperativa ou entidade conveniada.
- A produção é planejada com base nas necessidades de escolas, hospitais públicos e entidades sociais.
- Os alimentos são colhidos e entregues em pontos definidos pela prefeitura ou pelo banco de alimentos.
- A distribuição é feita para famílias atendidas pelo CRAS, merenda escolar (dependendo do município), cozinhas comunitárias, hospitais, abrigos e projetos sociais.
Essa logística garante que o alimento percorra um circuito curto — do campo para a cidade — reduzindo desperdício e fortalecendo a economia local.
Por que o Alimenta Brasil é tão importante

O programa traz impacto direto para duas pontas diferentes da sociedade:
1. Para os agricultores
- Garante renda estável
- Incentiva a produção diversificada
- Dá segurança para planejar a safra
- Evita que produtos perecíveis sejam perdidos
- Fortalece cooperativas e associações rurais
2. Para quem recebe
- Aumenta a oferta de alimentos frescos em equipamentos sociais
- Reforça ações contra a insegurança alimentar
- Amplia o acesso de famílias pobres a alimentos in natura
- Melhora a qualidade da merenda escolar (em municípios que integram o programa com o PNAE)
Quanto o agricultor pode vender
Os limites podem variar por modalidade, mas, em geral:
- Agricultores individuais podem vender até R$ 12 mil por ano;
- Grupos formais (cooperativas) podem alcançar valores superiores, dependendo da modalidade e oferta de produtos.
Essas compras movimentam a economia rural e ajudam a manter pequenos produtores no campo, evitando migração forçada para cidades.
Impacto nas cidades pequenas
O Alimenta Brasil tem força especial em municípios pequenos e médios, onde o comércio agrícola depende da prefeitura e de programas públicos.
Nessas regiões, o recurso investido no produtor circula dentro do próprio município, beneficiando mercados locais, transporte rural, feiras e comércio de insumos.
Como agricultores podem participar (passo a passo simples)
- Verificar a DAP ou o CAF — documento fundamental.
- Procurar o CRAS ou Secretaria Municipal de Agricultura.
- Cadastrar a produção que será ofertada.
- Aguardar a chamada pública que define produtos, quantidade e cronograma.
- Entregar no ponto de coleta e receber o pagamento diretamente na conta bancária.
O que costuma ser comprado

O programa valoriza alimentos regionais e variados, como:
- hortaliças e verduras;00
- frutas;
- legumes;
- leite e derivados;
- panificados artesanais;
- mel;
- ovos;
- feijão, arroz, mandioca e produtos nativos de cada região.
O Alimenta Brasil une inclusão produtiva, segurança alimentar, desenvolvimento rural e políticas de combate à fome.






















