O Estado registrou em 2024 a menor taxa de desocupação juvenil do país, com apenas 4,05% dos jovens procurando trabalho. O dado aparece na publicação especial “Jovens do Mercado de Trabalho em Mato Grosso”, elaborada pelo Observatório de Mato Grosso em parceria com o Senai, a partir de informações do IBGE.
O levantamento mostra que o grupo jovem somou 934.353 pessoas em 2024, o que representa 25,56% de toda a população estadual. Desses, 628.042 estavam inseridos na força de trabalho, índice que coloca o Estado entre os primeiros do país em participação juvenil no mercado.
Segundo o relatório, o percentual de jovens economicamente ativos em Mato Grosso é o quarto maior do Brasil, ficando atrás somente de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. A maior parcela desse público está na faixa entre 18 e 24 anos, que reúne 376.677 pessoas. Em seguida aparecem os jovens de 25 a 29 anos, com 349.393, e os adolescentes entre 14 e 17 anos, somando 208.284.
O estudo também detalha os segmentos que mais absorvem mão de obra jovem. O setor de serviços lidera as contratações, concentrando 39,26% dos trabalhadores dessa faixa etária, seguido pelo comércio, com 33,53%. Somados, esses dois segmentos reúnem mais de 70% das ocupações juvenis no Estado. A indústria aparece com 93.189 jovens empregados, enquanto a agropecuária responde por 54.312 postos e o setor público, por 16.578.
Para os autores da publicação, os resultados confirmam um cenário favorável ao desenvolvimento profissional da juventude mato-grossense. O relatório aponta que a combinação entre baixo desemprego, expansão econômica e a alta participação dos jovens na força de trabalho cria um ambiente estratégico para consolidar novas oportunidades.
O documento utiliza critérios previstos na legislação para definir o recorte geracional. Pela Lei nº 12.852/2013, são considerados jovens aqueles entre 15 e 29 anos. No caso da análise, a faixa foi estendida a partir dos 14 anos, conforme a Lei nº 10.097/2000, que autoriza o ingresso formal de adolescentes no mercado de trabalho.
Expansão econômica e perspectivas
A secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Sedec, Linacis Silva Vogel Lisboa, afirmou que os números retratam um ambiente econômico em avanço e um mercado mais aberto para novos profissionais. Segundo ela, o resultado está ligado às ações do Estado voltadas à diversificação produtiva e ao fortalecimento de setores considerados estratégicos.
De acordo com a gestora, a ampliação das oportunidades reflete o esforço contínuo para criar condições de crescimento e permitir que jovens encontrem espaço para consolidar carreiras no próprio Estado. A expectativa é de que os indicadores auxiliem na formulação de políticas voltadas à qualificação e à expansão de vagas nos próximos anos.
A publicação foi elaborada pelo Observatório de Mato Grosso em parceria com o Senai e utiliza dados do IBGE como base de referência.


















