Os preços dos ovos comerciais seguem em queda nas principais regiões produtoras do país, segundo acompanhamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Esta é a segunda semana consecutiva de desvalorizações, e, em algumas praças, as baixas chegam a 8% no acumulado de sete dias, refletindo um mercado pressionado pelo avanço da oferta e pela desaceleração das vendas.
Pesquisadores do Cepea explicam que o ritmo mais lento de comercialização tem provocado elevação dos estoques nas granjas, o que limita a capacidade dos produtores de sustentarem os valores da proteína. Diante desse cenário, muitos acabam cedendo nas negociações para evitar acúmulo ainda maior e garantir giro no mercado.
Relatos de colaboradores do Cepea indicam que a maior disponibilidade do produto tem reduzido o poder de reação dos preços no curto prazo. Com a demanda interna típica de fim de mês ainda fraca e sem grandes indutores de consumo, o ambiente permanece desfavorável para reajustes positivos.
A expectativa, conforme o Cepea, é de que esse quadro de valores enfraquecidos se mantenha até o encerramento do mês, caso não haja mudança significativa na procura por parte do varejo e do atacado.














