No dia 10 de novembro, líderes de diversos países se reúnem em Belém (PA) para discutir ações urgentes voltadas ao enfrentamento da mudança do clima. A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) marca o retorno do debate ao Brasil, onde o processo ganhou destaque internacional na Eco92, realizada no Rio de Janeiro.
A conferência ocorre em um contexto de crises globais e questionamentos sobre o multilateralismo. Na Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral António Guterres ressaltou o papel fundamental da cooperação internacional para lidar com desafios ambientais e políticos simultaneamente.
A trajetória institucional começou em 1992 com o lançamento da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas. A partir de alertas científicos, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) estruturou estudos que embasaram acordos internacionais para redução de gases de efeito estufa.
Desde 1995, as COPs são realizadas anualmente para avaliar compromissos e revisar políticas climáticas. Entre os principais avanços estão o Protocolo de Quioto, o Acordo de Paris e o Balanço Global, que orientam metas de mitigação e adaptação, além de mecanismos financeiros e responsabilidades diferenciadas entre países.
A sequência histórica inclui:
- 1995 – Berlim, Alemanha: Mandato de Berlim
- 1997 – Quioto, Japão: Protocolo de Quioto
- 2015 – Paris, França: Acordo de Paris
- 2021 – Glasgow, Escócia: Livro de Regras do Acordo de Paris
- 2023 – Dubai, Emirados Árabes: Balanço Global
- 2025 – Belém, Brasil: COP30
Ao sediar novamente uma conferência de alcance mundial, o Brasil retorna ao centro das negociações sobre o futuro climático global.


















