Os oito réus apontados como líderes da trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022 entregaram suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles está o ex-presidente Jair Bolsonaro. As defesas argumentam que não há provas de participação e solicitam absolvição total.
O prazo para manifestação encerrou-se em 13 de agosto, quando sete réus protocolaram seus documentos. O tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso, apresentou suas alegações antes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu condenação por cinco crimes, incluindo golpe de Estado e organização criminosa armada.
Bolsonaro classificou a denúncia como “golpe imaginado” e questionou a delação de Cid. Braga Netto alegou que o delator foi “obrigado a mentir”. Anderson Torres minimizou a relevância da “minuta de golpe” encontrada em sua casa. Augusto Heleno negou protagonismo e Ramagem refutou acusações de monitoramento ilegal. Garnier contestou suposta oferta de tropas, Cid pediu pena reduzida em troca de colaboração e Paulo Sergio Nogueira afirmou ter atuado contra qualquer ruptura institucional.
O julgamento caberá à Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, e ainda não tem data definida, mas pode ocorrer a partir de setembro.


















