Pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam um aumento no interesse das indústrias pela aquisição de algodão, impulsionado pela necessidade de atender demandas imediatas e repor estoques. Segundo o levantamento, agentes do mercado também estão intensificando a movimentação em contratos a termo, com entregas previstas para as próximas semanas.
O cenário atual mostra vendedores disponibilizando novos lotes no mercado spot e demonstrando flexibilidade nos valores para fechar negociações. Essa abertura tem facilitado os acordos, mesmo em um momento de atenção redobrada por parte dos cotonicultores, que monitoram o avanço do cultivo da nova safra e as condições climáticas.
Em Mato Grosso, maior produtor de algodão do país, as chuvas têm impactado o ritmo da colheita da soja e, consequentemente, o plantio do algodão de segunda safra. De acordo com análises do Cepea, esse atraso deve prolongar o período de cultivo nesta temporada, o que pode influenciar a disponibilidade e os preços da matéria-prima nos próximos meses.
O mercado de algodão segue em movimento, com compradores e vendedores buscando equilíbrio em meio às incertezas climáticas e à demanda industrial. Enquanto as indústrias buscam garantir suprimentos para suas operações, os produtores acompanham de perto o desenvolvimento da safra e as condições do mercado, que podem definir os rumos das negociações nos próximos períodos.
O Cepea ressalta que a flexibilidade dos vendedores e a disposição das indústrias em fechar negócios têm sido fatores-chave para manter a dinâmica do mercado, mesmo em um contexto de desafios climáticos e logísticos. A atenção agora se volta para o desenrolar da safra e os impactos das condições meteorológicas na oferta e nos preços do algodão.