Os números de feminicídios em Mato Grosso são alarmantes. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o estado registrou um aumento de 14,3% nos casos de assassinato de mulheres em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A violência contra a mulher, que se manifesta de diversas formas, desde agressões físicas e psicológicas até a morte, continua sendo um grave problema social.
O ciclo da violência se repete em diversos casos. Antes de chegar ao feminicídio, muitas mulheres sofrem agressões físicas e psicológicas, ameaças e violações.
Os dados da Sesp mostram que, de janeiro a junho de 2024, foram registradas mais de 9 mil denúncias de lesões corporais e ameaças, evidenciando a dimensão do problema.
A impunidade e a falta de proteção em Mato Grosso
Apesar das leis e políticas públicas existentes, como a Lei Maria da Penha, muitas mulheres ainda se sentem desprotegidas e têm medo de denunciar seus agressores.
A quebra de medidas protetivas, que deveria ser um crime grave, é uma realidade para muitas vítimas. Em 2024, mais de 1.500 medidas protetivas foram quebradas em Mato Grosso.
Avanços e desafios
O aumento da pena para feminicídio, sancionado em outubro de 2024, representa um avanço significativo na legislação brasileira. No entanto, a mudança na lei por si só não é suficiente para combater o problema.
É necessário investir em políticas públicas eficazes, como a ampliação de casas de abrigo para mulheres vítimas de violência, a capacitação de profissionais que atuam na área e a conscientização da sociedade sobre a importância de denunciar casos de violência.