A carne de frango consolidou, em novembro, sua posição de maior competitividade em relação às proteínas suína e bovina, atingindo o maior patamar desde novembro de 2020. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), até o dia 19 deste mês, o frango inteiro foi negociado, em média, a 6,68 reais por quilo a menos que a carcaça especial suína. Essa diferença representa um aumento de 14,4% em relação ao observado em outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que essa disparidade resulta de valorizações mais intensas registradas na proteína suína, em comparação às do frango, ao longo do período. O mesmo fenômeno é observado na relação entre os preços do frango e da carne bovina, que também teve alta mais expressiva em novembro.
O contexto reforça a atratividade do frango no mercado, tanto para consumidores domésticos quanto para compradores industriais, em um momento em que o poder aquisitivo da população segue pressionado pela inflação alimentar. Essa dinâmica faz da carne de frango uma escolha mais acessível, intensificando sua presença nas mesas brasileiras.
Apesar do aumento da competitividade, o setor avícola enfrenta desafios, como o aumento dos custos de produção, especialmente devido à alta nos preços do milho e da soja, principais insumos para ração. Ainda assim, a relação favorável de preços frente às proteínas concorrentes mantém a carne de frango como a opção mais econômica entre as proteínas mais consumidas no país.
O mercado segue monitorando as tendências de consumo no final do ano, tradicionalmente marcado por maior demanda por carnes suínas e bovinas devido às festas de fim de ano. A expectativa é de que o frango mantenha seu apelo de custo-benefício elevado, ampliando sua competitividade em um cenário de preços ascendentes para as proteínas alternativas.