Sistema de irrigação automatizado desenvolvido por alunos do SENAI beneficia agricultura familia

Fonte: Ana Karla com noticias.portaldaindustria

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Foto: Karla Neto

Sistema de irrigação automatizado desenvolvido por alunos do SENAI beneficia agricultura familia.

A inovação e tecnologia podem fazer a diferença até mesmo para quem vive no campo. O projeto Asti nasceu como uma iniciativa dos alunos do SENAI Lucas do Rio Verde (MT), com o propósito de atender às necessidades dos pequenos agricultores por meio de uma solução acessível e eficiente.

Eles criaram uma solução de irrigação automatizada que beneficiará pequenas lavouras e agricultores familiares. O projeto ASTI foi desenvolvido pelos alunos Dennyel Vieira, João Dalagnol, Daniel Ormond, Daniel Alves e Deweyene Reuel, além do docente Gilson Justino Ferreira. A ideia surgiu ao observar que muitos agricultores enfrentam desafios ao lidar com processos repetitivos e demorados, especialmente na irrigação de estufas, o que pode comprometer tanto a qualidade quanto o rendimento de suas colheitas.

Vale destacar que o projeto já foi campeão, em primeiro lugar, do Grand Prix SENAI de Inovação Tecnologia acessível para pequenos produtores agrícolas Para solucionar esses desafios, o grupo desenvolveu um sistema que utiliza sensores de alta precisão para monitorar fatores críticos como umidade e temperatura dentro das estufas, possibilitando uma irrigação automática e garantindo condições ideais para o desenvolvimento das plantas.

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Com esse sistema, busca-se não apenas economizar o tempo dos produtores, mas também oferecer uma maior precisão e confiabilidade na irrigação, acompanhando todo o processo para garantir alimentos de alta qualidade no momento da colheita. “O desenvolvimento do projeto ASTI foi uma verdadeira jornada de aprendizado para todos os envolvidos, marcada por desafios técnicos e de viabilidade financeira. Desde o início, a principal preocupação foi criar um sistema que não apenas automatizasse os processos, mas que fosse prático, acessível e adequado para pequenos agricultores, que frequentemente enfrentam limitações de recursos e conhecimento técnico”, relatou o professor Gilson.

O sistema foi desenvolvido pensando especialmente no contexto do Mato Grosso, um estado onde o agronegócio desempenha um papel fundamental para a economia brasileira e está em constante expansão. O objetivo é oferecer uma tecnologia acessível para pequenos produtores, que muitas vezes enfrentam limitações financeiras ou técnicas para automatizar suas atividades.

Ao trazer essa inovação para pequenos agricultores, espera-se abrir novas possibilidades para diversas aplicações no setor agrícola, desde o cultivo em estufas até possíveis expansões para lavouras ao ar livre. “Um dos maiores desafios foi a busca por componentes e tecnologias que permitissem integrar funcionalidades avançadas, como sensores de umidade e temperatura, em um protótipo que fosse ao mesmo tempo simples, eficiente e adaptável às necessidades dos usuários. Ao longo desse processo, foi essencial orientar os alunos sobre a importância de realizar testes e validações rigorosos, para garantir que as medições fossem precisas e que o sistema fosse confiável em condições reais de uso”, comentou.

Com um sistema pensado para a realidade local, a intenção não é apenas facilitar o dia a dia dos produtores, mas também contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e sustentável na região, criando um impacto positivo na vida desses trabalhadores e na economia local. O sistema foi projetado para operar com energia solar, o que garante sua independência em relação às fontes externas de energia elétrica.

Isso não apenas proporciona uma solução mais econômica para os agricultores, que podem reduzir significativamente seus custos com eletricidade, mas também contribui para a preservação ambiental ao diminuir o consumo de recursos não renováveis. Essa abordagem não só minimiza o impacto ambiental, mas também agrega valor ao processo, tornando-o mais atrativo para os produtores que buscam alternativas mais ecológicas.

O Senai Lab deve ser um espaço inspirador, criativo e acolhedor, pensado para estimular a inovação, um espaço simples e funcional e que esteja em sintonia com a criatividade, a descontração, a motivação e a inspiração. Entende-se esse espaço como um ambiente de trocas de experiências e aproximação entre os alunos e os docentes.

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Foto: Arquivo Pessoal

Ambiente voltado para a educação profissional com infraestrutura básica para prototipagem para atender à demanda da indústria por meio do desenvolvimento de projetos de inovação. À medida que o projeto vem ganhando visibilidade e realizando as primeiras vendas, a próxima passo será expandir o atendimento não apenas para as regiões próximas, mas para todo o estado, com um foco inicial em atender pequenos agricultores.

No futuro, a equipe quer desenvolver uma versão do sistema ASTI que possa ser implementada diretamente em lavouras, ampliando sua aplicação para além das estufas e permitindo que os produtores em campo aberto também aproveitem os benefícios da automação e monitoramento.

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