Oficina discute inserção da agricultura familiar brasileira no mercado internacional.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) realizou o primeiro dia da oficina “Mecanismos para a compra de alimentos da agricultura familiar brasileira ao mercado internacional”, nesta segunda-feira (11.11), em Brasília.
O evento analisou as possibilidades que promovem a inclusão da agricultura familiar brasileira nas compras internacionais do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP), para fortalecer sua participação no mercado global e contribuir para a construção de um sistema alimentar mais justo e sustentável.
Os critérios para acesso ao mercado internacional, especialmente do WFP, exigem conhecimentos específicos para que as organizações da agricultura familiar participem, possibilitando assim aumentar a competitividade neste setor e a renda de agricultores e agricultoras locais. A secretária nacional de Segurança Alimentar do MDS, Lilian Rahal, participou da cerimônia de abertura, e explicou que a ideia da oficina é trocar experiências e avaliar os desafios no combate à fome. “Estamos realizando esse primeiro dia de oficina para entender melhor a forma de participação da nossa agricultura familiar no mercado internacional”, pontuou.
“A ideia é que hoje possamos entender esse processo e avaliar eventuais arranjos possíveis para que a comercialização aconteça de forma organizada, com a participação da agricultura familiar brasileira”, completou a titular da Sesan.
A secretária também destacou o trabalho do MDS na retomada e fortalecimento das políticas públicas e falou sobre a força que o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem conquistado em todo país, destacando que a iniciativa também pode ganhar espaço no mercado estrangeiro.
“Queremos uma participação efetiva do Brasil no cenário internacional no combate à fome e à pobreza, em todo mundo”, projetou. O diretor do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas no Brasil, Daniel Balaban, enfatizou a importância de se criar políticas públicas que combatam a fome e a pobreza em todo o mundo e lembrou que fornecer alimentos ao WFP ajudará a reduzir a escassez alimentar mundial.
“É muito importante que o WFP tenha um estoque de alimentos para levar para todos os lugares. A partir de agora, tenho certeza absoluta de que nossos agricultores participarão cada vez mais dos leilões de compras de alimentos”, celebrou. Para ele, a agricultura familiar brasileira tem potencial para colaborar com o mundo. “Que possamos bater no peito e dizer que os agricultores brasileiros também ajudam a salvar vidas em todo planeta”, concluiu.
A ocasião reuniu organizações da agricultura familiar brasileira, representantes do MDS, Ministerio do Desenvolvimento AgrárioeAgriculturaFamiliar (MDA), Conab, demais órgãos governamentais, representantes do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos. Serão dois dias de oficina, 11 e 12 de novembro, onde haverá troca de conhecimento e direcionamentos sobre a maneira de realizar o envio dos alimentos produzidos pelos agricultores brasileiros ao exterior.
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