Você sabia que hoje, segunda(11), celebra o Dia do Armisticio

Fonte: CenárioMT

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Karla Neto

Nesta segunda-feira(11), é celebrado o Dia do Armisticio, é um dia importantíssimo para a história, pois é conhecido como dia do Armistício da Primeira Guerra Mundial.

Trata-se de uma data simbólica que marca o fim desta guerra, cuja duração foi de 4 anos, e que devastou a maior parte dos países que participaram.

Neste dia específico, em 1918, a Alemanha aceitou os termos de rendição, o que permitiu com que o fim da guerra fosse oficialmente reconhecido. Ao redor do mundo todo, jornais e veículos de imprensa noticiaram o ocorrido, que foi comemorado pela maioria das pessoas diretamente afetadas pela guerra.

Esta foi uma guerra nunca antes vista na história da europa, com uma mortalidade acima da média de qualquer outra: foram cerca de 10 a 19 milhões de mortos durante todo o conflito, contando com militares e civis.

Portanto, o dia do Armistício é importante para nos relembrar não só dos horrores da guerra, mas também do alívio que muitos sentiram no momento em que ela chegou a um fim.

Durante a maior parte dos mais de quatro anos em que o planeta se viu engolfado na mais cáustica batalha de sua história, a Alemanha esteve sempre um passo adiante de seus oponentes.

Não foram poucas às vezes que o alto comando germânico, com absoluta propriedade, pensou estar próximo de celebrar o triunfo definitivo contra a aliança de seus férreos antagonistas.

Parecia que Grã-Bretanha, França e Rússia, mesmo abraçadas, seriam incapazes de conter o inigualável ímpeto ofensivo tedesco. Nem sequer o anúncio da entrada dos Estados Unidos nas hostilidades refreou os ânimos dos oficiais alemães, confiantes no magnífico poderio de sua máquina de guerra. Sem dúvida, a Alemanha ofereceu inúmeras demonstrações de seu estarrecedor colosso militar. E, mesmo rodeada por aliados que se revelariam pouco resilientes, ao final das contas, quase garantiu a vitória. 

Quase 10 milhões de vidas foram perdidas na carnificina mundial. Mais de 20 milhões de militares foram feridos. Em estimativa que certamente será afinada em breve, foram gastos mais de 249 bilhões de dólares na batalha. Exaurida, a Alemanha não teve outra opção senão capitular, sob termos que imputam inassimilável revés a Berlim. Afinal, quando maior a altura, maior o tombo.

Falsa esperança – No início deste ano, uma derrota germânica parecia fora de questão.

A retirada da Rússia dos combates possibilitou ao comandante Erich Ludendorff deslocar tropas da frente Oriental para a Ocidental e planejar com perícia a irresistível ofensiva que levaria a Alemanha à vitória, antes mesmo da chegada dos americanos. Paris jamais havia sido um objetivo tão real. Mas as três principais ofensivas alemãs do primeiro semestre – Michael, Georgette e Blücher-Yorck – repetiram um padrão que trazia prenúncios sombrios para Ludendorff.

Inícios arrasadores, como no episódio da virtual destruição do Quinto Exército britânico em apenas três dias, na ofensiva Michael, eram seguidos pela falta de punch no momento de conquistar os objetivos da operação. Nas três vezes, os alemães foram repelidos e encerraram, frustrados, as ofensivas. A exaustão chegava à Alemanha.

Três anos e meio de batalhas levam a isso, como bem sabiam as igualmente depauperadas Grã-Bretanha e França. Estas, contudo, ainda tinham a retaguarda do apoio material americano. Mais importante, as duas potências aliadas europeias também sabiam que suas perdas humanas, em que pese terríveis, seriam supridas com a chegada de milhões de soldados dos Estados Unidos, já em plena travessia do Atlântico.

Os germânicos, portanto, tinham pressa – mas já não podiam vencer seu próprio esgotamento, quanto mais competir com um novo e robusto oponente. As duas últimas ofensivas tedescas, Gneisenau e Marne-Reims, em junho e julho, foram uma pálida lembrança do poderio do orgulhoso e brioso exército de Berlim. Bebedeiras, deserções e saques disseminados indicavam que a balança começava a pender para o outro lado.