Os preços do milho no mercado doméstico registraram forte alta ao longo de outubro, impulsionados pela demanda interna robusta e pela retração dos vendedores. Segundo o Cepea, o cenário elevou as médias mensais em diversas regiões do país para os maiores patamares de 2023, dificultando a aquisição de novos lotes para os compradores.
A escassez de milho no mercado spot nacional e os altos valores exigidos pelos produtores ampliaram as dificuldades dos demandantes, que enfrentaram baixa disponibilidade durante praticamente todo o mês. Com a expectativa de que os preços continuem avançando, muitos produtores mantiveram-se afastados dos negócios, aguardando para negociar em um momento mais favorável.
Do lado da oferta, a atual safra de verão e as previsões para o próximo ciclo estão no radar, mas, por ora, os produtores preferem segurar o produto, atentos aos desdobramentos do mercado. Esse movimento de retenção e a demanda aquecida indicam que os preços do milho podem seguir em alta nos próximos meses, refletindo a pressão de mercado e a aposta em cotações ainda mais altas.
Para a cadeia produtiva, o cenário reforça desafios na composição dos custos, com a expectativa de que o milho siga disputado e valorizado enquanto a nova safra não atinge o mercado em volume suficiente para equilibrar a oferta.