Os preços do suíno vivo e da carne suína registraram novas máximas nominais no início de novembro, alcançando os níveis mais altos das séries históricas do Cepea – que datam de 2022 para o animal vivo e de 2009 para a carcaça. A elevação ocorre devido ao aquecimento da demanda, influenciada pelo aumento do consumo interno e pela pressão adicional das exportações.
Conforme observam os pesquisadores do Cepea, um dos principais fatores para esse movimento é a demanda sazonal do mercado interno, impulsionada pelos pagamentos salariais do começo do mês, que tradicionalmente incentivam o consumo. Esse cenário favorece a valorização dos preços, à medida que a indústria intensifica a busca por lotes de animais com peso ideal para o abate, atendendo tanto ao mercado interno quanto ao externo.
Outro fator relevante é o crescimento da demanda externa pela carne suína brasileira, que segue aquecida e contribui para uma maior competição entre agentes do setor na compra de suínos. A conjuntura favorece os produtores, que encontram maior liquidez e valorização nos preços praticados.
Com essa pressão simultânea dos mercados interno e externo, o setor suinícola registra um cenário favorável, impulsionando as máximas de preço e reforçando a importância da suinocultura para o agronegócio nacional.