Levantamentos do Cepea indicam que as cotações do café robusta no Brasil sentiram a pressão do início da safra vietnamita e das condições favoráveis nas lavouras brasileiras, registrando queda de 5,4% em outubro. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, chegou a R$ 1.416,72 por saca de 60 kg, um recuo de 80,73 reais em relação a setembro. Apesar da queda, o preço permanece como o segundo maior valor mensal real da série histórica, considerando o ajuste pelo IGP-DI de setembro de 2024.
Enquanto isso, o café arábica registrou uma leve alta em outubro, com o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, alcançando média de R$ 1.490,14 por saca, um aumento de 1,1% em comparação a setembro. A alta está associada à oferta restrita da variedade no curto prazo. Embora o Brasil tenha registrado boa florada para a safra de arábica, a condição debilitada dos cafezais indica que a produção pode ser limitada na próxima temporada.
Fatores adicionais que sustentam os preços do arábica incluem a desvalorização do Real, que torna o café brasileiro mais competitivo no mercado externo, além de desafios logísticos globais. No cenário atual, tanto a variação de preços quanto as perspectivas de oferta revelam a complexidade do mercado de café, refletindo influências climáticas, econômicas e logísticas.