De acordo com levantamentos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços dos ovos encerraram o mês de outubro em alta em comparação a setembro. Esse movimento positivo no mercado de ovos foi impulsionado por uma recuperação na demanda logo no início do mês, o que elevou as cotações durante a primeira quinzena e contribuiu para uma média mensal mais elevada. Além disso, a oferta restrita, resultado do descarte de poedeiras mais velhas, também pressionou os preços para cima.
No entanto, a análise dos principais insumos utilizados na avicultura de postura revelou comportamentos distintos. O milho, essencial na alimentação das aves, registrou uma valorização significativa, o que impactou o custo de produção dos avicultores. Por outro lado, o farelo de soja, outro componente crucial, apresentou uma leve queda em seus preços de setembro para outubro.
Essas variações tiveram reflexos diretos no poder de compra dos avicultores de postura em São Paulo. De acordo com os dados do Cepea, o poder de compra frente ao milho caiu pelo quarto mês consecutivo, refletindo a alta desse insumo. Entretanto, em relação ao farelo de soja, houve uma melhora, interrompendo uma sequência de seis meses de perdas para os avicultores.
Os pesquisadores do Cepea apontam que o cenário de valorização dos ovos, impulsionado por uma demanda aquecida e menor oferta, ajudou a aliviar parcialmente o impacto dos custos de produção. Mesmo assim, a alta do milho continua sendo um desafio que pressiona a rentabilidade do setor.