O governador Mauro Mendes sancionou o projeto de lei que exclui benefícios fiscais para empresas que aderem à moratória da soja, uma medida que foi celebrada por diversos representantes do setor produtivo em Mato Grosso. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a autonomia do setor agrícola brasileiro frente às pressões internacionais, especialmente de organizações europeias, que buscam limitar a compra de soja proveniente de áreas recentemente desmatadas, mesmo que de forma legal.
Entre os apoiadores da medida está a vereadora Sandra Barzotto, que também é produtora rural na região de São Cristóvão, em Lucas do Rio Verde. Ela destacou a importância da sanção do projeto como um marco para a autonomia do país em relação à sua produção agrícola. “A sanção do governador Mauro Mendes desfaz essa questão de incentivos fiscais às empresas que aderiram à moratória da soja e é um passo muito importante. Eu chamo isso até de um grito de liberdade em relação ao nosso país, para não deixar que organizações internacionais, que a Europa, digam o que temos que fazer”, comentou a vereadora.
Sandra ressaltou que o Brasil já possui uma legislação ambiental rigorosa, que controla o desmatamento e regula a produção agrícola. Para ela, a tentativa de impor restrições adicionais à soja brasileira desconsidera os esforços legais de muitos produtores que desmataram de acordo com as leis vigentes. “Temos uma legislação ambiental muito rígida, e estão tentando punir as pessoas que desmataram legalmente para a produção agrícola. A lei já está aí para punir quem está fora da legalidade. Não precisamos que outros países venham nos dizer o que temos que fazer”, acrescentou.
A moratória da soja é um compromisso firmado entre empresas do agronegócio e ONGs internacionais, que visa restringir a comercialização de soja de áreas desmatadas, mesmo que legalmente. No entanto, para muitos produtores brasileiros, essa iniciativa é uma forma de intervenção externa que prejudica o setor, limitando o desenvolvimento de áreas já autorizadas por lei para o cultivo.
A sanção do projeto foi recebida como um fortalecimento do setor agrícola brasileiro, garantindo a autonomia dos produtores para cultivar dentro das normas nacionais, sem as imposições de políticas internacionais que, na visão de produtores como Sandra Barzotto, restringem desnecessariamente a capacidade de produção agrícola do país.