Nesta sexta-feira (20), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combateu 34 incêndios florestais em várias regiões do estado. Com mais de mil bombeiros em regime de revezamento, as ações contaram com o apoio de brigadistas contratados pelo Estado e agentes de órgãos federais. Entre as áreas atingidas estão o Parque Estadual do Guirá e a Fazenda Laguna, localizadas próximas a reservas ecológicas e indígenas.
No Pantanal, o incêndio na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, já foi controlado, mas os bombeiros continuam em alerta em outras áreas críticas, como a Baía Grande, perto da Estação Ecológica do Taiamã, em Cáceres.
As operações de combate envolvem uma ação integrada com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Defesa Civil, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), além de órgãos como Ibama, ICMBio, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.
Incêndios em várias cidades e monitoramento contínuo
Além do Pantanal, focos de incêndio estão sendo combatidos em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Rosário Oeste, Sorriso e Cáceres, entre outras. Para garantir a eficácia das operações, o Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) realiza o monitoramento de áreas como fazendas e terras indígenas, onde os focos são críticos, mas a entrada de equipes depende de autorização dos órgãos federais.
Estiagem e baixa umidade agravam a situação
A combinação da severa estiagem e da baixa umidade do ar tem intensificado a propagação dos incêndios. O Corpo de Bombeiros pede à população que colabore e respeite o período proibitivo do uso do fogo. Qualquer indício de incêndio deve ser denunciado pelos números 193 ou 190.
Focos de calor em Mato Grosso
Até às 17h30 desta sexta-feira, 324 focos de calor foram registrados no estado, conforme o Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 116 estão concentrados na Amazônia, 111 no Cerrado e 97 no Pantanal. É importante destacar que um foco de calor não significa, necessariamente, um incêndio florestal, mas a sua concentração pode desencadear grandes incêndios.