Fumaça de incêndios no Pantanal agrava problemas respiratórios em Mato Grosso

Fonte: CENÁRIOMT

Fumaça de incêndios no Pantanal agrava problemas respiratórios em Mato Grosso
Fumaça de incêndios no Pantanal agrava problemas respiratórios em Mato Grosso

A densa fumaça proveniente dos incêndios florestais que assola o Pantanal de Mato Grosso está causando sérios problemas de saúde à população de Cáceres e região.

Um estudo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) alerta para os riscos à saúde, como dificuldades respiratórias, agravamento de doenças crônicas e até aumento no número de internações hospitalares.

A fumaça liberada pelos incêndios contém uma mistura de poluentes tóxicos, como monóxido de carbono, material particulado e metais pesados. Essas substâncias, quando inaladas, podem causar irritação nas vias aéreas, tosse, falta de ar e agravar doenças como asma e bronquite. Além disso, a exposição prolongada à fumaça aumenta o risco de doenças cardiovasculares e pode desencadear problemas de saúde mais graves a longo prazo.

População do Pantanal de Mato Grosso em alerta

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes são os mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar. Um estudo realizado em Tangará da Serra, Mato Grosso, mostrou um aumento de 10% nas internações por pneumonia e insuficiência respiratória em períodos de intensa fumaça.

A situação em Cáceres é crítica. Um monitoramento recente apontou níveis de material particulado na fumaça 15 vezes superiores ao limite recomendado, colocando toda a população em risco.

Confira as recomendações indicadas pelos pesquisadores da Unemat:

– Evitar trabalhos extenuantes ou prolongados;
– Reforçar a hidratação para proteção das vias respiratórias;
– Se for necessário aconselhar o paciente a permanecer em ambientes fechados, o ar interno deve ser mantido o mais limpo possível;
– Se sistemas de ar-condicionado forem usados em casa, mantenha a entrada de ar fresco fechada e o filtro limpo para evitar que partículas adicionais contaminem o ar interno;
– Se não houver sistemas de ar-condicionado em casa, ficar em ambientes fechados com as janelas fechadas em clima extremamente quente pode ser perigoso; recomenda-se o uso de abrigos alternativos, como permanecer na casa de um parente ou amigo, ou em um abrigo com ar mais limpo;
– Se for necessário dirigir, ligue o ar condicionado do carro no modo de recirculação para evitar que o ar com fumaça entre no veículo, embora a capacidade desses filtros seja limitada;
– Evitar atividades que aumentem a poluição interna, como o uso de qualquer coisa que queime (lareiras a lenha, fogões a gás, velas, incensos, dispositivos repelentes de mosquitos, entre outros);
– Os pacientes devem ser incentivados a parar de fumar, pois o fumo aumenta a quantidade de poluentes nos pulmões dos fumantes e daqueles ao seu redor;
– Aconselhar pacientes a visitar uma unidade de saúde de referência ao apresentar novos sintomas cardiovasculares ou respiratórios, ou se outros problemas de saúde existentes piorarem;
– Escolas públicas e privadas, bem como Instituições de Ensino Superior, suspendam atividades ao ar livre e atividades físicas, devido a risco à saúde do alunado e insalubridade dos profissionais de educação;
– Adequação da parametrização de risco associado a inalação de MP 2,5, uma vez que o limite nacional para o mesmo é maior que o recomendado pela OMS e outros órgãos;

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.