Os incêndios florestais que assombram Mato Grosso desde o início de agosto estão causando um impacto devastador nas comunidades indígenas do estado. De acordo com a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), cerca de 41 terras indígenas já foram atingidas pelas chamas, resultando em perdas significativas de plantações, deslocamento de famílias e um grave risco à biodiversidade.
Mato Grosso, que abriga uma rica diversidade de povos indígenas distribuídos em seus três biomas – Amazônia, Cerrado e Pantanal –, lidera o ranking nacional de queimadas em 2024. Os dados do Programa BDQueimadas do Inpe mostram que o estado registrou mais de 37,2 mil focos de incêndio desde o início do ano.
A situação é crítica, especialmente no Pantanal, onde as chamas se alastram rapidamente, destruindo vastas áreas de vegetação e afetando diretamente a vida dos povos indígenas que habitam a região. As plantações, essenciais para a subsistência dessas comunidades, foram destruídas, e muitas famílias foram forçadas a abandonar suas aldeias em busca de segurança.
A devastação causada pelos incêndios tem consequências graves para os povos indígenas, que dependem diretamente dos recursos naturais para sua sobrevivência. A perda de habitat e a poluição do ar e da água afetam a saúde e a cultura dessas comunidades. Além disso, os incêndios contribuem para a perda da biodiversidade e para o agravamento das mudanças climáticas.