O estado de Mato Grosso enfrenta uma crise hídrica sem precedentes. Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), a região está vivenciando a pior seca dos últimos 44 anos para o período de maio a agosto. Todos os 142 municípios mato-grossenses sofrem com a escassez de água, seja de forma moderada, severa ou extrema.
A capital, Cuiabá, não escapa da crise. A última chuva significativa ocorreu em 18 de abril, há mais de 130 dias. O nível dos rios está em seus pontos mais baixos dos últimos anos, afetando diretamente o abastecimento de água e a navegação.
Não há previsão de chuvas significativas para as próximas semanas, o que agrava ainda mais a situação. A umidade relativa do ar deve continuar baixa, aumentando o risco de incêndios e prejudicando a saúde da população.
Especialistas alertam que a estiagem prolongada e a falta de planejamento podem agravar a crise hídrica nos próximos anos. É urgente a adoção de medidas para garantir o abastecimento de água e minimizar os impactos da seca na população e no meio ambiente.
Impactos da seca em Mato Grosso
- Emergência em dezenas de municípios de Mato Grosso: Várias cidades já decretaram estado de emergência devido à seca, como Poconé, Nossa Senhora do Livramento e Barão de Melgaço.
- Incêndios: A vegetação seca e as altas temperaturas favorecem a ocorrência de queimadas, que já causam prejuízos ambientais e à saúde da população.
- Agricultura: A falta de chuva compromete a produção agrícola, com prejuízos para os produtores e impactos na economia do estado.
- Energia: A redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas pode levar ao aumento do custo da energia elétrica.