A tragédia voltou a assombrar o combate aos incêndios florestais em Mato Grosso. Um brigadista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) perdeu a vida enquanto atuava no controle das chamas na Terra Indígena Capoto Jarina, no Parque Nacional do Xingu, na última segunda-feira (26).
Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, desapareceu durante o trabalho no domingo (25) e seu corpo foi encontrado carbonizado nesta segunda, a cerca de 1 km de uma linha de defesa contra o fogo. A morte do brigadista expõe a gravidade da situação na região, que enfrenta um dos piores incêndios dos últimos anos.
Segundo o Instituto Raoni, a situação na Terra Indígena Capoto Jarina se agravou nas últimas semanas, com incêndios que se alastraram por uma área estimada em 635 mil hectares, maior que o Distrito Federal. A entidade alerta para a necessidade de mais recursos e pessoal para combater as chamas.
Imagens impressionantes divulgadas pelo Instituto Raoni mostram a devastação causada pelos incêndios, com vastas áreas de floresta em chamas e um céu encoberto por uma densa camada de fumaça.
Mortes marcam o combate aos incêndios em Mato Grosso
A morte de Uellinton é o segundo caso fatal envolvendo brigadistas em Mato Grosso neste mês. Há três dias, um funcionário de uma fazenda morreu ao tentar apagar um incêndio em uma área de canavial em Itiquira.
No Pantanal, a situação também é crítica. Um trabalhador rural morreu após ter 90% do corpo queimado enquanto abria um aceiro para conter as chamas em uma fazenda em Corumbá (MS).
As causas dos incêndios são diversas, incluindo ações criminosas, como queimadas ilegais, e condições climáticas extremas, como a seca prolongada. Os impactos da devastação ambiental são inúmeros, afetando a biodiversidade, a qualidade do ar e a vida das comunidades locais.