Incêndio no Pantanal de Mato Grosso começou há cerca de 10 meses

Fonte: CENÁRIOMT

Número de focos em setembro no Pantanal de Mato Grosso quase dobra em relação ao ano passado, revela Inpe
Número de focos em setembro no Pantanal de Mato Grosso quase dobra em relação ao ano passado, revela Inpe FOTO: TVCA/Reprodução

Dois focos de incêndio consomem áreas do Parque Nacional do Pantanal10 meses, exigindo esforços contínuos de brigadistas do ICMBio e bombeiros da Força Nacional. As chamas já atingiram mais de 12 mil hectares da Unidade de Conservação (UC) federal em Mato Grosso.

Até sexta-feira (12), os focos de queimada estavam em monitoramento e vigilância, com o objetivo de evitar que o fogo se alastre para áreas de campo, onde o combate é mais difícil. Segundo o ICMBio, o incêndio começou por um raio em outubro do ano passado e, apesar de ter sido controlado no final de 2023, continuou no subsolo, ressurgindo com a estação seca.

Na quarta-feira (10), sete brigadistas começaram a combater um novo foco de incêndio na região central do parque. Eles foram transportados por um helicóptero do Exército Brasileiro e passaram a noite na área, realizando combate direto e indireto ao fogo.

Entre segunda (8) e terça (9), as equipes também combateram outro incêndio na porção central do parque, que agora está sendo monitorado por quatro brigadistas para evitar reignições.

O combate ao incêndio no Parque Nacional é complexo devido ao difícil acesso, que só é possível por helicóptero, e às turfas do solo pantaneiro, exigindo a criação manual de trincheiras para impedir o avanço das chamas. As baixas temperaturas recentes, embora ajudem no combate, aumentam o desafio para os brigadistas, que enfrentam noites frias em barracas.

Os brigadistas são alimentados com rações de combate fornecidas pelo Exército Brasileiro.

Na segunda-feira (8), um incêndio florestal atingiu a reserva particular do patrimônio natural “Dorochê”. Com a chegada das baixas temperaturas, o fogo perdeu intensidade, mas a área continua sob monitoramento devido ao solo de turfa, que pode esconder focos latentes.

Rodrigo Amaral, chefe de Operações do Sistema de Comando no Parque Nacional, destacou a importância do monitoramento rigoroso: “Muitas vezes parece que o fogo acabou, mas com dias de calor e tempo seco, os focos ressurgem e precisam ser combatidos novamente.”

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso está estudando a área para determinar pontos de entrada e atuar no combate a um incêndio que começou na terra indígena Sararé e avançou para uma mineradora em Nova Lacerda. Equipes estão de prontidão, aguardando autorização para entrar na área e iniciar o combate.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).