As condições climáticas das últimas semanas têm gerado preocupações entre os produtores de trigo, especialmente nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. A seca persistente tem limitado o avanço da semeadura e o desenvolvimento das lavouras já implantadas. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a falta de chuvas pode resultar em menor produtividade, afetando a safra deste ano.
Contudo, há uma esperança de alívio com as chuvas que ocorreram em parte do Sul do país no último final de semana, que podem amenizar a situação e favorecer o desenvolvimento das plantações.
Comércio externo de trigo
No âmbito das transações internacionais, o Brasil tem apresentado movimentações significativas. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam que, no acumulado do primeiro semestre de 2024, os portos brasileiros receberam 3,37 milhões de toneladas de trigo. Esse volume é substancialmente maior do que as 2,1 milhões de toneladas importadas no mesmo período de 2023 e representa o maior volume importado no primeiro semestre desde 2012.
As exportações também bateram recordes, com 2,48 milhões de toneladas de trigo enviadas ao exterior nos primeiros seis meses deste ano, configurando um marco histórico para o setor.
Essa dinâmica de importações e exportações ressalta a importância do trigo no comércio exterior brasileiro, além de refletir a capacidade do país de responder às variações de oferta e demanda no mercado global.
O cenário climático e o desempenho do comércio externo continuarão a ser monitorados de perto, dada a sua importância para a economia agrícola brasileira e para os agentes envolvidos na cadeia produtiva do trigo.