Em uma decisão histórica para a preservação ambiental, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nesta quarta-feira (19), um Projeto de Lei que bane a exploração do gás de folhelho, também conhecido como gás de xisto, no estado. Essa conquista representa um marco na luta pela proteção dos recursos naturais e da saúde pública, e coloca Mato Grosso na vanguarda da defesa do meio ambiente.
A decisão foi tomada após ampla discussão e análise dos riscos associados à técnica de fratura hidráulica, utilizada na extração do gás de folhelho. Essa técnica, altamente controversa, é apontada como causadora de diversos danos ambientais, incluindo:
- Tremores de terra: A fratura hidráulica pode provocar tremores de terra, colocando em risco a segurança da população e a infraestrutura local.
- Contaminação de lençóis freáticos: A técnica corre o risco de contaminar os lençóis freáticos, comprometendo a qualidade da água potável e impactando negativamente a agricultura, que é a principal atividade econômica do estado.
- Alto consumo de água: A exploração do gás de folhelho exige um grande volume de água, o que pode levar ao esgotamento dos recursos hídricos e prejudicar a disponibilidade de água para outras atividades, como a agricultura e o consumo humano.
O Projeto de Lei aprovado pela ALMT reconhece esses riscos e visa proteger as reservas naturais de água do estado, que são essenciais para a vida e para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso. Além disso, a lei também busca resguardar a agricultura, que é a principal fonte de renda para o estado e um dos pilares da economia brasileira.