Em um dia de turbulências no mercado, o dólar comercial fechou em alta de 0,96%, a R$ 5,285, o maior nível em quase um ano e meio. A cotação subiu impulsionada pela queda das commodities no mercado internacional, principalmente petróleo, ferro e soja.
No mercado de ações, o Ibovespa fechou em queda de 0,17%, a 121.802 pontos, o menor nível desde novembro do ano passado. A queda foi puxada pelas ações de petroleiras e mineradoras, as mais negociadas na bolsa.
Apesar da divulgação de um crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre, o mercado se mostrou apreensivo com as incertezas em torno do projeto de compensação da desoneração da folha de pagamento. A medida, que limita o uso de compensações do PIS/Cofins, é vista como crucial para o ajuste fiscal do governo, mas enfrenta resistência no Congresso.
Com a quinta queda consecutiva, o Ibovespa acumula perdas de 1,6% na semana. Já o dólar acumula alta de 2,2% no mesmo período.
As perspectivas para o mercado no curto prazo são incertas. A queda das commodities e as incertezas políticas podem continuar pressionando o dólar e o Ibovespa.
Investidores devem acompanhar de perto os desdobramentos do debate sobre a desoneração da folha de pagamento, bem como as negociações entre o governo e o Congresso.