A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico promoveu, na manhã desta quinta-feira (25.04), a Conferência Virtual sobre Regiões Turísticas & Trilhas de Longo Curso. O evento online teve a participação do Ministério do Turismo e da Rede Brasileira de Trilhas.
O evento buscou criar oportunidades de conhecimento, compartilhamento de experiências bem-sucedidas e implementação de ações no desenvolvimento do turismo por meio das trilhas, contando com a participação de representantes das 15 Instâncias de Governanças Regionais do Turismo, além de órgãos municipais do meio ambiente e do trade turístico.
São consideradas Trilhas de Longo Curso rotas com pelo menos um pernoite. No Brasil há cerca de 28 trilhas que podem durar dias como o Caminho da Serra do Mar, com duração de 4 dias, passando pelos municípios de Suruí, Magé e Nova Friburgo, no Rio de Janeiro ou de um mês como a exemplo do Caminho das Araucárias, entre Canela (RS) e o Parque Nacional de São Joaquim (SC).
Mato Grosso ainda está iniciando uma proposta, que seria os Caminhos de Rondon e Caminhos do Pantanal. Na reunião, a diretora regional da Rede Brasileira de Trilhas, Marina Marchezini, apresentou os mapeamentos. A primeira trilha será realizada em Chapada dos Guimarães com a travessia do Morro de São Jerônimo em 23 km com duração de dois dias, conectando atrativos como a Cachoeira Véu de Noivas, Circuito das Cachoeiras e a Trilha História do Carretão.
A trilha Caminhos do Pantanal liga Cuiabá, Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço em 153 km, passando pelo Monumento Natural Estadual Morro de Santo Antônio, 8 comunidades rurais, três bens tombados (Usina de Itaicy, Casarão da Comunidade Bocaina e Casarão Cacimba), além de restaurantes e pousadas que podem atender esses turistas.
Também estão sendo feitos planejamentos e levantamento de um novo trecho por Poconé pela Transpantaneira, em 145 km de trilha, ciclismo e a cavalo e o percurso aquático entre Porto Jofre (MT) e a Serra do Amolar (MS).
“As trilhas são uma oferta turística que gera emprego e renda para as comunidades e o trade turístico, torna os lugares melhores para se viver, valoriza a cadeia produtiva da comunidade local, fortalece o resgate da cultura, infraestrutura do local, dentre outros benefícios” aponta Marina Marchezini.
O secretário adjunto de Turismo, Felipe Wellaton, destacou que as propostas das trilhas em Mato Grosso conectam áreas naturais, pessoas e ideias em prol do turismo, da recreação, da sustentabilidade e da conservação. Além disso, elas fomentam a economia regional. Ele dá como exemplo o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, com trecho de cerca de 800 km, completados em 25 dias. Milhares de caminhantes sustentam uma vasta rede de pequenos albergues, restaurantes e lojas de equipamentos, com seus benefícios espalhados ao longo do trajeto.
“No Brasil, as trilhas de longo curso são corredores ecológicos que se transformam em ferramentas para ampliar a conectividade entre áreas preservadas garantindo a manutenção da vida selvagem e na melhoria de indicadores ecológicos. Também são importantes aparelhos de recreação e de qualidade de vida com grande o potencial turístico e esportivo e catalisadoras de emprego e de renda principalmente nos serviços de apoio ao turista, favorecendo o desenvolvimento sustentável e minimizando o efeito de esvaziamento das áreas rurais”, finalizou Wellaton.