Mato Grosso lidera desmatamento na Amazônia Legal no primeiro bimestre de 2024

Fonte: CENÁRIOMT

Mato Grosso lidera desmatamento na Amazônia Legal no primeiro bimestre de 2024 Por: TV Brasil
Mato Grosso lidera desmatamento na Amazônia Legal no primeiro bimestre de 2024 Por: TV Brasil

Segundo dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta segunda-feira (18), Mato Grosso se destaca como o estado da Amazônia Legal com o maior índice de desmatamento nos primeiros dois meses deste ano, representando 32% do total da área desmatada na região, o que equivale a 63 km².

A Amazônia Legal abrange nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão), totalizando 59% do território brasileiro.

De acordo com a pesquisa do Imazon, o avanço do desmatamento em Mato Grosso é impulsionado principalmente pela expansão agropecuária. O estado conta com seis municípios que figuraram entre os 10 que mais desmataram a floresta em janeiro ou fevereiro.

Marcelândia e Canarana foram os municípios que se destacaram nos rankings de janeiro e fevereiro, ambos com o mesmo índice de desmatamento.

Comparando o tamanho das áreas desmatadas com outros estados da Amazônia Legal, Mato Grosso lidera com 32%, seguido por Roraima, com 30%, e Amazonas, com 16%. Juntos, esses três estados somam 152 km² de florestas derrubadas no bimestre, representando 77% de toda a destruição detectada na Amazônia.

Apesar de liderar o ranking, Mato Grosso registrou uma diminuição na área desmatada em comparação com o primeiro bimestre de 2023, quando foram registrados 242 km² de floresta derrubada, representando uma queda de 74%. O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon detectou uma devastação de 196 km² em janeiro e fevereiro deste ano, 63% a menos do que nos mesmos meses em 2023, quando foi detectada a destruição de 523 km².

No entanto, mesmo com essa queda, o primeiro bimestre de 2024 ainda apresentou um desmatamento acima do registrado no mesmo período entre os anos de 2008 a 2017, com exceção apenas de 2015. Em todos os outros anos, a derrubada permaneceu abaixo dos 150 km².

Para dimensionar a gravidade do problema, a área de floresta perdida nos primeiros dois meses na Amazônia supera os territórios de três capitais brasileiras: Vitória (97 km²), Natal (167 km²) e Aracaju (182 km²). Se compararmos com campos de futebol, a devastação no primeiro bimestre chega a quase 327 por dia.