O 6º levantamento da Conab, divulgado em 12 de março, revela um cenário ainda mais preocupante para a safra de grãos em Mato Grosso. A produção total de grãos no estado está estimada em 85,2 milhões de toneladas, 1,2 milhão de toneladas a menos do que o previsto no mês anterior. Essa queda representa uma redução de 15,6% em relação à safra passada.
Preço da Soja em Alta: Saca volta a superar R$ 100 em Mato Grosso
As principais causas da queda:
- Condições climáticas desfavoráveis: Desde o início da safra, as regiões produtoras enfrentaram instabilidades climáticas, como baixas precipitações e temperaturas acima do normal, impactando negativamente a produtividade das culturas.
- Redução da área plantada: A área plantada com grãos em Mato Grosso diminuiu 2% em relação à safra anterior.
Desempenho por cultura:
- Soja: A produção de soja, principal grão cultivado no estado, deve cair 17,6%, totalizando 125,8 milhões de toneladas. Essa queda é reflexo das condições climáticas adversas e da redução da área plantada.
- Milho: A produção de milho também deve ser menor, com uma queda de 16,1%. A primeira safra do milho já está em andamento, com 32,9% da área colhida, e a segunda safra está sendo plantada dentro da janela ideal.
- Outras culturas: Sorgo, arroz e algodão são as únicas culturas que apresentam aumento na produção. Gergelim deve manter o ritmo do ano passado. Feijão e girassol também devem ter queda na produção.
Plantio de Milho em Mato Grosso Atinge 97,81% da Área na Safra 2023/24, Indica Imea
Consequências da quebra de safra:
- Redução das exportações: As exportações de soja devem ser reduzidas em 1,83 milhão de toneladas.
- Aumento das importações: A necessidade de importação de milho e arroz pode aumentar.
Colheita de Soja em Mato Grosso Atinge 90,42% da Área, Indica Imea
Impacto no mercado:
A quebra de safra em Mato Grosso pode ter um impacto significativo no mercado de grãos, com aumento dos preços e menor oferta de produtos.
Para o futuro:
É importante que os produtores rurais busquem alternativas para minimizar os impactos da quebra de safra, como a diversificação de culturas e a adoção de práticas agrícolas mais resilientes às mudanças climáticas.