Rios que integram o Alto Paraguai mantêm baixo nível em MT

Monitoramento hidrológico, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil, mostra que, mesmo com as chuvas registradas nos últimos dias, os rios que compõem a região hidrográfica do Alto Paraguai, e formam o Pantanal, mantêm níveis inferiores ao esperado par

Fonte: JOANICE DE DEUS - Diário de Cuiabá

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Apesar das últimas chuvas registradas em Mato Grosso, os rios que integram a região hidrográfica do Alto Paraguai, e formam o Pantanal, mantêm níveis inferiores ao esperado para a época do ano. É o que aponta boletim de monitoramento hidrológico, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), do Ministério de Minas e Energia.

De acordo com os dados divulgados na quinta-feira (15), mesmo após as precipitações e acumulados na bacia hidrográfica em cerca de 33 milímetros (mm), ao longo da última semana, as cotas estão abaixo da mediana na maioria das estações.

Em Cuiabá, o Rio Cuiabá desceu 28 cm nos últimos sete dias e está na marca de 1,58 metros. A média histórica é de 3,94 m.  Em Barra do Bugres (168 km ao Médio-Norte de Cuiabá), o nível do Rio Paraguai reduziu e alcançou a marca de 95 cm. Enquanto a média histórica para a data é de 3,69 m.

Em Barão de Melgaço e Santo Antônio de Leverger verificou-se variação positiva (23 cm e 29 cm, respectivamente) no mesmo período, mas ainda com níveis inferiores à média histórica (592 cm e 685 cm, respectivamente).

Já na estação de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), houve elevação do rio devido às chuvas, e o nível observado no dia 15 deste mês, foi de 2,14 metros, o que corresponde a quase metade do esperado (4,32 m). No último dia 10, a população de Cáceres foi severamente impactada pela forte chuva que atingiu a cidade.

Na ocasião, cerca de 17 bairros foram afetados, deixando sete mil famílias desabrigadas e danificando aproximadamente 100 unidades habitacionais. Diante da calamidade pública, a Prefeitura decretou situação de emergência, que foi reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira.

A análise do SGB mostra ainda que o comportamento se repete nas estações monitoradas no vizinho Mato Grosso do Sul, também com grande parte do seu território ocupado pelo Pantanal. Em Forte Coimbra, no município de Corumbá (MS), por exemplo, o rio também subiu em decorrência das chuvas, mas o nível ainda está abaixo do esperado. A cota é de -42 cm, e a média para o período é de 1,58 m.

Para as próximas duas semanas, as projeções dos modelos do Sistema Global de Previsão em Conjunto (GEFS/NOAA), criado pelos Centros Nacionais de Previsão Ambiental, indicam que são esperados acumulados de chuva em torno de 47 mm nas próximas duas semanas. O pico deve ocorrer na próxima quarta-feira (21).

“Há uma pequena possibilidade de que os rios Alto Paraguai e Cuiabá experimentem elevações mais expressivas devido às chuvas mais intensas que podem ocorrer, mas o mais provável é que ocorram subidas moderadas nesses rios”, indica o SGB.

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