Nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os rios da Bacia do Rio Paraguai, no Pantanal, seguem com níveis inferiores ao esperado para a época do ano, conforme indica o 7º Boletim de Monitoramento Hidrológico dessa bacia, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (15), mesmo após as chuvas acumuladas em média na bacia em cerca de 33 milímetros ao longo da última semana as cotas estão abaixo da mediana na maioria das estações.
Em Barra do Bugres (MT), o nível do rio reduziu nos últimos dias e alcançou a marca de 95 cm. Enquanto a média histórica para a data é de 3,69 m. Na estação de Cáceres (MT), houve elevação devido às chuvas, e o nível observado nesta quinta foi de 2,14 m quase metade do esperado (4,32 m). Na capital mato-grossense, Cuiabá, o rio desceu 28 cm nos últimos dias e está na marca de 1,58 m. A média histórica é de 3,94 m.
Nas estações monitoradas no estado de Mato Grosso do Sul, o comportamento se repete. Em Ladário (MS), a última cota observada foi de 70 cm, com mediana de 2 m. No município de Miranda (MS), o rio apresentou elevação de 36 cm na última semana, mas ainda assim a cota observada (1,99 m) está abaixo da média, que é 4,63 m. Em Forte Coimbra, no município de Corumbá (MS), o rio também subiu em decorrência das chuvas, mas o nível ainda está abaixo do esperado. A cota é de -42 cm, e a média para o período é de 1,58 m.
Previsão de chuvas
As projeções dos modelos do Sistema Global de Previsão em Conjunto GEFS/NOAA, criado pelos Centros Nacionais de Previsão Ambiental, indicam que são esperados acumulados de chuva em torno de 47 mm nas próximas duas semanas. O pico deve ocorrer no dia 21 de fevereiro.
Segundo o boletim, as chuvas podem causar aumentos graduais nos níveis dos rios em Ladário (MS); Forte Coimbra, no município de Corumbá (MS); e em Porto Murtinho (MS). Há uma pequena possibilidade de que os rios Alto Paraguai e Cuiabá experimentem elevações mais expressivas devido às chuvas mais intensas que podem ocorrer, mas o mais provável é que ocorram subidas moderadas nesses rios, indica o SGB.
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Por: Serviço Geológico do Brasil (SGB)