O desfecho de um trágico episódio ocorrido no Hospital Municipal de Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, volta a ser pauta nesta terça-feira (30) com a conclusão do inquérito policial, que resultou no indiciamento de uma médica por homicídio culposo, exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. O caso remonta a maio do ano passado, quando uma criança de apenas 7 anos veio a óbito devido a complicações de pneumonia, despertando suspeitas de negligência médica por parte da profissional.
A investigação conduzida pela Polícia Civil apontou indícios de negligência e imperícia no atendimento prestado à criança durante sua internação, fatores que possivelmente contribuíram para o desfecho trágico. Os familiares da vítima relataram à polícia uma série de falhas no tratamento, o que deu início às averiguações sobre o caso.
Além dos problemas no atendimento médico, constatou-se que a médica em questão afirmava ser especialista em pediatria, embora não possuísse o devido registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Tal conduta configura exercício ilegal da medicina, conforme as disposições legais.
A inserção de informações falsas em documentos também foi identificada durante o curso das investigações, caracterizando o crime de falsidade ideológica por parte da profissional.
O delegado Victor Donizete de Oliveira Pereira, responsável pelo caso, salientou a gravidade dos fatos apurados e destacou a necessidade de apuração por parte do Conselho Regional de Medicina. Segundo ele, o desfecho do inquérito serve como um alerta para a importância da transparência e ética na prática médica, visando manter a integridade e confiança da população nos serviços de saúde.
Diante das circunstâncias, espera-se que as medidas cabíveis sejam adotadas tanto no âmbito judicial quanto ético, visando a responsabilização da profissional e a garantia de uma assistência médica de qualidade e segura à comunidade.