Durante seu mandato na Presidência do G20, o Brasil realizará mais de 100 reuniões e eventos, envolvendo os ministérios, autarquias e outras instituições que compõem o Governo Federal. Os encontros acontecerão em 13 cidades brasileiras, com objetivo de ampliar o debate e destacar os aspectos mais positivos de cada região. A liderança do País teve início em 1° de dezembro de 2023 e vai até 30 de novembro de 2024.
Ao todo, estão previstas cerca de 90 reuniões técnicas, 26 videoconferências, 10 encontros de vice-ministros e 23 reuniões ministeriais. A principal delas será a Cúpula dos chefes de Estado e de Governo, marcada para novembro de 2024, no Rio de Janeiro (RJ). Também na capital fluminense, acontecerá a Cúpula Social, cujo objetivo é ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, também em novembro de 2024.
As atividades do G20 promovidas pelo governo brasileiro abrangem temas relevantes para o desenvolvimento global e comuns a diversos países, como redução do risco de desastres, estratégias para combater a corrupção, iniciativas para promover a igualdade de gênero, tendências econômicas mundiais e reformas e adaptações no sistema financeiro global. Abrangem também compromissos e estratégias para enfrentar as mudanças climáticas, avanços tecnológicos e digitais, promoção da saúde global, estratégias para o desenvolvimento sustentável na agricultura, transição para fontes de energia sustentáveis, iniciativas para promover o emprego, combate à fome e à pobreza, entre outros.
As 13 cidades brasileiras que sediarão os encontros do G20 são: Belém (PA), Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA) e São Luís (MA).
Encontros realizados
Em dezembro de 2023, o destaque foi para as reuniões das maiores economias do mundo, entre os dias 11 e 15 de dezembro, em Brasília (DF), no Palácio Itamaraty. Já no dia 13, aconteceu o encontro inédito da Trilha de Sherpas com a Trilha de Finanças, as duas vertentes paralelas de atuação do G20.
A Trilha de Sherpas é comandada por emissários pessoais dos líderes do grupo, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maior parte do trabalho. Já a Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos estratégicos, comandada pelos ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membro.
Entre 10 de janeiro e a última sexta-feira (26/01), aconteceram também encontros com o Ministério das Mulheres (MMulheres), da Fazenda e Banco Central, das Comunicações (MCom), Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e das Relações Exteriores (MRE), todas por videoconferência.
Já na segunda-feira (29/01), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), MRE, MMA e MCom darão continuidade aos trabalhos, também por videoconferência. Assuntos como empoderamento das mulheres, economia global, desenvolvimento, arquitetura financeira institucional, comércios e investimento, sustentabilidade climática e ambiental e economia digital estão na pauta dos debates.
Rodada fevereiro-março de reuniões do G20
A partir de fevereiro, os encontros passam a ocorrer, gradativamente, on-line e também presencialmente. Nas reuniões por videoconferência, os temas serão finanças e saúde, infraestrutura, finanças sustentáveis, educação, pesquisa e inovação, agricultura, transições energéticas, emprego combate à fome e à pobreza, relações internacionais, turismo e redução de risco de desastres.
Nos dias 21 e 22 de fevereiro será realizada a primeira reunião dos chanceleres do G20, na cidade do Rio de Janeiro. Presencial, o encontro faz parte da Trilha de Sherpas e será liderado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Também presenciais, ocorrerão em São Paulo (SP), entre os dias 26 e 29 de fevereiro, reuniões com representantes do Ministério da Fazenda (MF) e do Banco Central do Brasil (BCB).
Ao longo do mês de março, Brasília (DF) sediará encontros entre técnicos do MF e do BCB sobre Economia Global e Parceria Global para Inclusão Financeira. As conferências on-line continuarão acontecendo, abordando diversos assuntos.
As primeiras reuniões fora do Brasil serão em Washington, nos Estados Unidos, entre os dias 16 e 18 de março, com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além de técnicos da pasta e do Banco Central.
Brasil e G20 no mundo
Haverá oito encontros em cidades de outros países: Atlanta, Washington e Nova York, nos Estados Unidos, Genebra (Suíça) e Bruxelas (Bélgica) entre março e outubro de 2024.
A Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20 é uma agenda de destaque porque, pela primeira vez, o Brasil será sede do encontro, na capital fluminense, nos dias 18 e 19 de novembro. A partir de 1° de dezembro de 2024, o País deixa a Presidência do grupo, que será liderado pela África do Sul.
O G20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana, que recebeu status de membro em setembro de 2023. O G20 responde por cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.
Além disso, uma série de organizações internacionais são participantes fixas das cúpulas do grupo, como a Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, da sigla em inglês Financial Stability Board) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Por: Agência Gov
Texto: Daniella Cambaúva, com informações do g20.org
Edição: Thays de Araújo e Yara Aquino