A Câmara aprovou por unanimidade durante a sessão ordinária desta segunda-feira (13) projeto que autoriza a prefeitura a lançar Programa de Inteligência Emocional “Um olhar à saúde mental“. O autor da proposta é o vereador Wagner Godoy, médico por formação e que atua na rede pública de Lucas do Rio Verde.
Durante a elaboração do projeto, o vereador observa que a escola é um espaço público em que, desde cedo, as relações sociais se desenvolvem e o exercício da cidadania se efetiva. Por conta disso, o ambiente reflete muitos dos conflitos e tensões existentes na sociedade. Por outro lado, a sociedade deve relacionar a escola como um espaço de rede de proteção, prevenção, acolhimento e atendimento à saúde mental, identificando e sinalizando possíveis fragilidades.
“É um programa voltado tanto para alunos, quanto para os professores. A gente sabe que a educação está precisando de socorro, precisando de um olhar diferenciado dentro da saúde mental. Nossos alunos precisam de mais empatia, disciplina, entender essa questão emocional, entender o que é raiva, alegria, tristeza, tentar trabalhar com isso, trabalhar a resiliência. Precisamos fomentar isso nas escolas”, destacou o vereador.
Godoy lembra que em 2019 criou projeto que aprovado e transformado em lei, que detalhava características extracurriculares de inteligência emocional e meditação. “Mas ainda não foi colocado em prática”, lamentou. “A gente está tentando ampliar esse projeto de inteligência emocional nas escolas porque se faz necessário, principalmente pós pandemia. A gente vê muita procura da juventude, dos pré-adolescentes ao serviço de saúde mental. Temos que atuar de forma preventiva em relação a isso nos nossos alunos”, declarou.
Ainda conforme o vereador, alunos com boa saúde mental apresentam uma boa integração com a sua comunidade, fazem bom uso da escola como local de aprendizagem e socialização. Outras características positivas são a de que têm amigos com quem compartilhar as conquistas e os desafios e um bom relacionamento com familiares, além de condições de aproveitar atividades de lazer. Estes alunos têm capacidade de resiliência frente às adversidades, perdas e frustrações.
Wagner Godoy lembrou ainda que o projeto é pertinente ao momento, tendo em vista que a sociedade atravessa um período de fragilidade emocional pós pandemia e após ataques a algumas unidades escolares, e a escola é o maior centro de convivência e troca de experiências de crianças e jovens.
O projeto foi aprovado por unanimidade durante sessão ordinária desta segunda-feira e segue para análise do Executivo Municipal.