Mato Grosso é o 10º no país em produção de florestas plantadas para fins comerciais com des taque para eucalipto e teca, com 1,9% na participação nacional. Cáceres (12,8 mil hectares), Água Boa (11,1 mil hectares) e Alto Taquari (11 mil hectares) se destacam na produção estadual, conforme as informações do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Para fomentar e proteger o setor importante para a economia estadual, o Conselho Gestor do Desenvolve Floresta criou a Câmara Técnica de Defesa de Florestas Plantadas para promover medidas de controle fitossanitário e aprimorar o sistema de produção florestal no Estado. Com isso, serão promovidas boas práticas no controle de pragas, doenças e plantas invasoras em plantações florestais, fornecendo medidas e estratégias para conter surtos e o estabelecimento de uma rede de informações para um monitoramento eficaz das ocorrências.
“A expansão das áreas de florestas plantadas, constituídas muitas vezes de plantios homogêneos e com restrição de base genética, tem contribuído para um aumento nos ataques de pragas e doenças nos cultivos florestais. Esse cenário resulta em danos significativos para as florestas plantadas e, consequentemente, afeta negativamente a economia do setor”, explicou a coordenadora de Desenvolvimento Florestal e presidente da Câmara Técnica, Camila Bez Batti.
Na primeira reunião do grupo técnico, nesta quarta-feira (08.11), foram discutidas a saúde das plantações florestais e o conjunto de ações estratégicas, de curto, médio e longo prazo que irão fortalecer o sistema de produção florestal do Estado de Mato Grosso.
A secretária-executiva da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Cibele Kotsubo da Cunha e Castro, comentou que discutir tecnicamente a questão fitossanitária ou defesa sanitária florestal é de suma importância para evitar a entrada de pragas que podem causar surto e, consequentemente, trazer prejuízos para produção e um desequilíbrio ambiental.
“Assim, como questões relacionadas ao controle químico, é importante alinhar sobre a desburocratização do registro e uso de defensivos para uso florestal, atendendo a demanda e o cumprimento das leis vigentes. O setor produtivo precisa andar alinhado com o estado para conseguir potencializar a produção dentro da legalidade e respeitando os princípios da sustentabilidade ambiental e social”.
Para o coordenador de Defesa e Tecnologia Florestal do Indea, Artur Venturi, a reunião da câmara é uma das mais importantes para o Indea porque é a construção de algo novo.
“A criação da Câmara é uma importante iniciativa que se insere no conjunto de ações promovidas pelo Fundo Desenvolve Floresta, que visa proteger e impulsionar o setor florestal, beneficiando produtores, pesquisadores e toda a cadeia produtiva envolvida”.
Estiveram presentes na reunião membros da Embrapa, Indea, Faculdade de Engenharia Florestal da UFMT, Famato, Arefloresta e Sedec.