Evitar o desperdício de papeis em sala de aula, além de despertar a necessidade de fazer o descarte correto do lixo no dia a dia. Esses são alguns objetivos do projeto ‘We only have one earth’, ou ‘Nós só temos uma terra’, proposto pela professora de língua inglesa Tânia Jorra, da Escola Cecília Meireles. A Fundação Rio Verde é apoiadora da iniciativa.
Segundo a professora, a ideia do projeto nasceu em razão do descarte excessivo de folhas de caderno durante as aulas. A quantidade incomodou Tânia, que chegou a conversar com pais de alunos. A questão, contudo, não foi sanada, por isso a profissional contou com apoio de outros professores para colocar o projeto em prática, inscrevendo no programa A União Faz a Vida.
Uma das primeiras ações foi uma visita ao Ecoponto, local onde o lixo reciclável é separado e gera renda a trabalhadores locais. Em seguida, a professora Tania convidou a Fundação Rio Verde para uma palestra, tendo em vista a preocupação com a logística reversa, com a destinação adequada de embalagens de produtos usados nas lavouras. “Foi mostrado aos alunos como que separa, como que vai até a fazenda, ou o sítio ou a plantação. E depois tem que voltar para a Fundação. Foi explicado todo esse passo a passo”, comentou a professora.
Coordenador da Cearpa, Rangel Portela explica que a Fundação Rio Verde em parceria com CEARPA, fazem parte do Sistema Campo Limpo, que envolve ainda o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias). Através desse acompanhamento, o país consegue reaver quase que 100% do material colocado no mercado. “O Brasil é campeão na devolução, de embalagens vazias de defensivos agrícolas, onde por exemplo a cada 100 embalagens comercializados, 98 voltam pra reciclagem”.
Portela enalteceu a iniciativa e disse que as palestras feitas nos dois períodos abordaram o funcionamento da Fundação Rio Verde e o suporte dado ao agronegócio com o desenvolvimento de pesquisas sobre a produção de soja, milho e algodão. “A maioria dos alunos conhece a Fundação Rio Verde como realizadora do Show Safra e não sabia do que há por trás, em termos de pesquisa e a preocupação ambiental, com a reciclagem desses materiais”.
Durante a conversa, Rangel respondeu ainda sobre a correta de destinação de domissanitários, termo utilizado para identificar os saneantes destinados a uso doméstico. Os saneantes são substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, como inseticidas. “Perguntaram se tinham que descartar aqui na nossa unidade, no lixo, no ecoponto. E a resposta é que esses domissanitários são produtos comprados em casas agropecuárias, de uso domiciliar e podem ser descartados no lixo doméstico, fazendo a coleta seletiva, fazendo a separação e mandando esse material para reciclagem”, detalhou.
Após a palestra na escola, Rangel foi até a Central de Recebimento de Embalagens e, por meio de videochamada, mostrou um pouco do funcionamento da unidade. “Ao vivo eles conseguiram ver o passo a passo aqui da reciclagem, conhecendo o descarregamento de um caminhão, a forma de triagem do material, a compactação e a estocagem”.
“Eles conheceram o funcionamento pela chamada de vídeo, e era esse objetivo, que é para despertar nos alunos a consciência da separação do lixo, da valorização do meio ambiente e utilizar a tecnologia como instrumento. Então, nessa área, a palestra da Fundação foi usada toda a tecnologia, os equipamentos que nós temos e depois a visita online via celular e WhatsApp”, comentou a idealizadora do projeto.
Fonte: Verbo Press