Os números mais recentes do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam uma significativa desvalorização de mais de 43% no preço da saca do milho em Mato Grosso em comparação ao ano anterior.
Desde o início de 2023, o mercado tem observado quedas contínuas no preço do cereal, intensificando-se ao longo dos meses. Na última semana de julho, a cotação média foi de R$ 33,23/sc, contrastando com os R$ 58,48/sc do mesmo período do ano anterior. Esta queda é atribuída ao aumento da oferta de milho no mercado local, dificuldades de armazenagem e uma expectativa de produção de 50,15 milhões de toneladas, superior em 14,39% à safra 2021/22.
Influências Internacionais e Colheita
Externamente, a Bolsa de Chicago/CMEGroup e os desdobramentos da produção da safra americana, além das tensões entre Rússia e Ucrânia, podem trazer oscilações no preço do milho nas próximas semanas.
O relatório do Imea destaca que, em julho, cerca de 91,62% do milho safrinha já havia sido colhido, indicando um atraso em comparação com o mesmo período do ano anterior, onde 97,95% da colheita estava concluída.
Demanda e Estoque em Destaque
Para a safra 2021/22, o Imea ajustou a demanda estimada para 43,62 milhões de toneladas, um aumento de 1,16% em relação ao mês anterior. Esta elevação é impulsionada pela expectativa de maior consumo interestadual (10,04%) e local (2,37%) em Mato Grosso.
Com relação à safra 2022/23, espera-se uma demanda de 49 milhões de toneladas, motivada pela alta no consumo interestadual devido à redução do preço do milho em Mato Grosso. Adicionalmente, prevê-se a aquisição de 250 mil toneladas pelo governo Federal, em resposta ao preço do milho no estado estar abaixo do estipulado pela Conab.
Com uma oferta projetada de 50,38 milhões de toneladas e uma demanda de 49 milhões para a safra 2022/23, os estoques finais são estimados em 1,38 milhão de toneladas, marcando uma queda de 3,44% em relação a junho de 2023.